Hepatite D no Brasil e Amazônia Internacional: uma revisão sobre aspectos virológico, epidemiológicos, diagnóstico e tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Pricilla Louise Leite da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1687960036971807
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9054
Resumo: Cerca de 74 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da hepatite D (VHD) em todo o mundo. Diante da endemicidade em algumas regiões do Brasil e Amazônia internacional, a infecção pelo VHD é considerada um importante problema de saúde pública nessas regiões. No Brasil, o VHD possui maior incidência na Amazônia brasileira, principalmente nas bacias dos rios Juruá, Solimões e Purus, no estado do Amazonas, assim como em alguns países da Amazônia internacional como Venezuela, Colômbia e Peru. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliométrica e fazer uma análise das principais evidências históricas, epidemiológicos, diagnóstico e tratamento do vírus da hepatite D no Brasil e Amazônia Internacional. As bases de dados eletrônicas selecionadas para busca foram: National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed), Portal de Periódicos da CAPES, Springer, Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), boletins epidemiológicos, teses e dissertações. Os dados foram armazenados em um banco de dados, em planilha do Microsoft Excel, posteriormente organizados de acordo com o tema e classificados na ordem crescente do ano de publicação. Foram obtidas e analisadas 163 publicações tendo como alvo a infecção por VHD, publicadas no período de 1977 a 2022. Dessas, 47% correspondem a categoria de epidemiologia. O ano de 2014 foi o que apresentou maior volume de publicação/ano com 13 artigos. Dentre os parâmetros analisados verificou-se que a elevada endemicidade do VHD tanto na Amazonia brasileira quanto na internacional está associada a situação sociodemográfica e ao padrão heterogêneo da população, pois a maior prevalencia encontra-se principalmente em população de classe baixa, em comunidades ribeirinhas, populações indígenas e em jovens do sexo masculino. No Brasil a maior ocorrência encontra-se na região Norte, com 73,7% dos casos (período de 2000 a 2021) e conforme evidencia as publicações, a Amazônia internacional possui índices significativos como em comunidades da Venezuela, 216 pessoas com 34% contaminadas, Colômbia de 23 pessoas com 43,5% coinfectadas e no Peru 870 habitantes de uma aldeia com 39% destes portadores do VHD. Quanto a diversidade genotípica, tanto na Amazonia brasileira quanto internacional, o genótipo 3 prevalece em 100% das amostras analisadas. Em relação ao diagnóstico laboratorial da hepatite D, os testes mais usados são os sorológicos (Anti-HD IgG, Anti-HD total), bioquímicos, imuhistoquimico, moleculares (rt-PCR e real time PCR), e teste rápido. Quanto ao tratamento da hepatite D são usados Interferon alfa 2ª e/ou um análogo de núcleos(t)ídeo (tenofovir ou entecavir).