O arranjo da pecuária na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gomes, Fábio Alves
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8451002053794994
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2631
Resumo: O estado do Amazonas enfrenta atualmente um intenso aumento do seu rebanho bovino. Por conter em seu território muitas terras destinadas a fins conservacionistas surge a necessidade de se pensar acerca do uso da terra, visto a existência no mesmo espaço físico de finalidades que demandam tão diferentes utilizações dos recursos naturais. Para entender os efeitos da pecuária sobre as áreas destinadas a proteção é necessária a compreensão de sua dinâmica quando desenvolvida dentro ou próxima destas áreas. Este estudo visou contribuir com o esclarecimento desta problemática analisando o tipo de criação desenvolvido dentro de uma unidade de conservação estadual na região do Médio Amazonas, no caso a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, localizada entre os municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã. Com base em análises qualitativas e espaciais buscou-se conhecer: Que tipos de criação são desenvolvidos? Quem são os criadores e quais os principais fatores de influência sobre a pecuária? A pesquisa permitiu concluir que a pecuária na RDS do Uatumã é marcada pelos baixos índices zootécnicos. Ainda que instintivamente com noções de técnicas de manejo os criadores não as desenvolvem devido à falta de financiamentos e de apoio na extensão rural. Excetuando-se a vacinação contra a febre aftosa, nenhum tipo de apoio ou incentivo lhes é concedido. O arranjo espacial da atividade é definido em grande medida pelas áreas de pastagem. O arranjo social depende essencialmente da estrutura familiar e do nível de capitalização do produtor, que o torna apto a contratar ou não mão de obra terceirizada. Após a criação da RDS os custos das relações de trabalho foram profundamente alterados. A relação que o poder público mantém com os moradores da UC tem dado mais ênfase à repressão, proibição e normatização e oferece poucas alternativas substitutivas às atividades proibidas em virtude da criação da Reserva.