A caça de subsistência na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus e na terra indígena Lago Ayapuá, Amazônia Central, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Terra, Adriana Kulaif
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7135010073572346
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2643
Resumo: Entrevistei individualmente, entre fevereiro e junho de 2006, 59 caçadores caboclos de oito comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (RDS-PP) e 13 caçadores Mura de cinco comunidades da Terra Indígena Lago Ayapuá, sobre os padrões de caça de subsistência praticadas por estes grupos humanos na terra firme e na várzea no baixo Rio Purus, no Estado do Amazonas. Na região, no mínimo 59 espécies de vertebrados foram caçados pelos caboclos e indígenas, sendo o padrão de caça destes grupos humanos similar. Os mamíferos foram a classe de vertebrados mais caçados na terra firme, seguidos das aves e dos répteis. Na várzea, não foram encontradas diferenças significativas entre a freqüência de caça de mamíferos e de aves, onde também foram mais caçados do que os répteis. Mamíferos e aves de médio e grande porte foram as espécies mais caçadas, sendo Tayassu pecari (queixada) mais freqüentemente caçado na terra firme e Cairina moschata (pato-do-mato) na várzea. Restrições ao consumo de fauna foram mais freqüentes nas comunidades indígenas, sendo os xenartros o grupo mais rejeitado por indígenas e os primatas e os carnívoros por caboclos. As caçadas foram realizadas com uso de quatro técnicas, sendo as caçadas a pé e com uso de espingardas as mais freqüentemente utilizadas, seguida pelas caçadas com uso de cachorros. Além da caça de subsistência praticada pela população local, é freqüente na região a caça esportiva de aves aquáticas realizada por pessoas vindas de cidades próximas. As comunidades apresentaram áreas de caça distintas, ainda que existam algumas sobreposições. O tamanho da área de caça foi altamente correlacionado ao número de habitantes das comunidades.