Gerenciamento ambiental de atributos naturais da Área de Proteção Ambiental (APA) Caverna do Maroaga, Presidente Figueiredo/AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Reis, João Rodrigo Leitão dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8607605621220023
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2997
Resumo: O uso inadequado de áreas com atributos naturais para o turismo é resultado da ausência de medidas administrativas de manejo e regulamentação que possibilitem sua real proteção. Desta forma, o diagnóstico dos atributos naturais da Área de Proteção Ambiental (APA) Caverna do Maroaga teve a finalidade de mapear e caracterizar os locais já visitados e potenciais; entrevistar seus usuários, buscando identificar a percepção deles sobre o uso das áreas; detectar as mudanças ambientais e espaciais pontuais e grau de usufruto. Foram empregados os métodos da Pesquisa Exploratória, com aquisição de dados secundários e primários, por meio de Estudo de Caso, exceto em um capítulo em que houve aplicação dos métodos da pesquisa Representação Social e Planilha DAFO. Na pesquisa de campo foi empregada a observação direta por meio do registro fotográfico; aquisição de pontos de GPS; uso e construção de cartas temáticas das áreas localizadas; realização de 127 entrevistas roteirizadas junto aos usuários (87 comunitários, 10 gestores e 30 visitantes); e aplicação de 12 questionários de caracterização biofísica/institucional. A análise das informações obtidas foi realizada por meio de matrizes de interação e listagem de controle. A Caverna do Maroaga é o atrativo que originou a criação da APA. Apesar de abranger quatro níveis de proteção administrativa sob a forma de tipologias distintas de áreas protegidas, ainda encontra-se em estado de conservação comprometido frente à morosidade da atuação governamental e da sociedade civil no que diz respeito à proteção restrita e ordenamento de uso público, servindo de vitrine aos atrativos dispersos na UC. Foram identificadas pelos comunitários 63 áreas conhecidas. Foram selecionadas 12 áreas para visita técnica. Dessa maneira, cinco novos atrativos foram mapeados e denominados, sendo que apenas dois atrativos carecem de estudos sobre a viabilidade do turismo. Porém todos necessitam de proteção oficial mais restritiva e de estudos sobre sua capacidade de suporte e administração de visitantes. A percepção e preferências de visitantes de duas áreas naturais distintas (Cachoeira da Porteira e RPPN Cachoeira Santuário) foram abordadas, onde se destacou a inexistência de melhor comodidade e segurança aos usuários; ausência de infraestrutura adequada para estadia e alimentação nos locais, ocasionando impactos ambientais. A percepção de gestores de dez áreas naturais distintas teve como resultado a determinação de que os fatores que tornam a gestão dos atrativos um desafio são a ausência de capacitação e apoio técnico, fomento e de regulamentação de uso público por parte dos órgãos públicos competentes. Além disso, fatores como desflorestamentos no interior da UC e a consequente degradação das áreas de preservação permanente (APP) são expressivos na limitação do tempo de uso das áreas frente à inércia de ações de controle, fiscalização e monitoramento ambiental, resultando na clandestinidade do uso das áreas. Analisou-se também o turismo praticado em três comunidades da APA, detectando-se que é direcionado aos atrativos naturais nelas existentes, com ausência de planejamento e monitoramento ambiental. Detectou-se que os comunitários têm interesse e motivação para sua inserção no turismo e carecem de esclarecimento quanto a estabelecimento dos empreendimentos, orientações sobre as formas de fomento disponíveis e a oferta de cursos de capacitação em administração de visitantes e empreendedorismo. Por fim, o uso público dos atributos naturais da APA requer a formulação e execução de medidas de gestão apropriadas de acordo com as condições naturais de cada local, a fim de não ameaçar seu uso futuro e evitar a perda de originalidade.