Processos cognitivos relacionados à transformação da floresta Amazônica: um estudo com adolescentes e jovens de Manaus e da RDS Uatumã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Forsberg, Sylvia Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8935991142514797
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4186
Resumo: Apesar do seu reconhecido valor como repositórios de biodiversidade a na regulação do clima global, as florestas tropicais estão sendo destruídas numa taxa alarmante. Para frear esta devastação e tentar conservar estes ecossistemas para o benefício de gerações futuras, é essencial que se entenda os fatores que levam o as pessoas a transformá-los. No presente estudo, investiguei os aspectos cognitivos que subsidiavam as decisões de jovens e adolescentes de Manaus (área urbana) e da RDS do Uatumã (área rural) na hora de transformar ou conservar a floresta tropical. Para se investigar estes elementos cognitivos, foi utilizado uma variação do método da entrevista clinica piagetiana que consistiu numa entrevista semiestruturada, onde o entrevistador convidava o entrevistado para desenvolver uma tarefa de organização e arranjo espacial envolvendo a transformação da floresta. Depois de concluída a tarefa, o entrevistador apresentava argumentos e contra argumentos ao entrevistado sobre as transformações realizadas. Em seguida os resultados foram analisados qualitativamente e quantitativamente para identificar elementos cognitivos pertinentes aos objetivos. Dois índices qualitativos, o nível de entendimento sobre a floresta (NESF) e o índice de valor verde (IVV) foram avaliados a partir da análise das respostas às entrevistas e às transformações da floresta realizadas durante a tarefa. Dois índices quantitativos, o índice de conhecimento conservacionista (ICC) e o índice de conhecimento técnico (ICT) também foram avaliados a partir da analise das transformações florestais realizadas. O NESF variou significativamente entre os sujeitos em função da idade, escolaridade e lugar de procedência. O entendimento dos adolescentes e jovens sobre a floresta variou entre o nível de entendimento difuso e indiferenciado ao sistêmico, indicando um processo gradual no aumento das complexidades e dinâmicas dos conceitos. O nível de conhecimento dos jovens e adolescentes sobre a floresta foi maior na cidade de Manaus do que na RDS do Uatumã e aumentou gradativamente com a idade e a escolaridade. O ICC também variou significativamente em função da escolaridade e local. O conhecimento conservacionista dos adolescentes e jovens foi maior na cidade de Manaus do que na RDS e mostrou um aumento gradativo com a escolaridade. Os valores e significados atribuídos pelos adolescentes e jovens à transformação da floresta estavam impregnados de aspectos, estéticos, espirituais, utilitários e conservacionistas, vindo tanto da bagagem cultural quanto da própria experiência do sujeito. A decisão de transformar a floresta dependeu do balanço entre os valores atribuídos aos ambientes naturais e construídos. De modo geral, os alunos valorizaram mais os ambientes construídos e optaram por transformar uma boa parte da floresta.