Processos cognitivos relacionados à transformação da floresta Amazônica: um estudo com adolescentes e jovens de Manaus e da RDS Uatumã
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4186 |
Resumo: | Apesar do seu reconhecido valor como repositórios de biodiversidade a na regulação do clima global, as florestas tropicais estão sendo destruídas numa taxa alarmante. Para frear esta devastação e tentar conservar estes ecossistemas para o benefício de gerações futuras, é essencial que se entenda os fatores que levam o as pessoas a transformá-los. No presente estudo, investiguei os aspectos cognitivos que subsidiavam as decisões de jovens e adolescentes de Manaus (área urbana) e da RDS do Uatumã (área rural) na hora de transformar ou conservar a floresta tropical. Para se investigar estes elementos cognitivos, foi utilizado uma variação do método da entrevista clinica piagetiana que consistiu numa entrevista semiestruturada, onde o entrevistador convidava o entrevistado para desenvolver uma tarefa de organização e arranjo espacial envolvendo a transformação da floresta. Depois de concluída a tarefa, o entrevistador apresentava argumentos e contra argumentos ao entrevistado sobre as transformações realizadas. Em seguida os resultados foram analisados qualitativamente e quantitativamente para identificar elementos cognitivos pertinentes aos objetivos. Dois índices qualitativos, o nível de entendimento sobre a floresta (NESF) e o índice de valor verde (IVV) foram avaliados a partir da análise das respostas às entrevistas e às transformações da floresta realizadas durante a tarefa. Dois índices quantitativos, o índice de conhecimento conservacionista (ICC) e o índice de conhecimento técnico (ICT) também foram avaliados a partir da analise das transformações florestais realizadas. O NESF variou significativamente entre os sujeitos em função da idade, escolaridade e lugar de procedência. O entendimento dos adolescentes e jovens sobre a floresta variou entre o nível de entendimento difuso e indiferenciado ao sistêmico, indicando um processo gradual no aumento das complexidades e dinâmicas dos conceitos. O nível de conhecimento dos jovens e adolescentes sobre a floresta foi maior na cidade de Manaus do que na RDS do Uatumã e aumentou gradativamente com a idade e a escolaridade. O ICC também variou significativamente em função da escolaridade e local. O conhecimento conservacionista dos adolescentes e jovens foi maior na cidade de Manaus do que na RDS e mostrou um aumento gradativo com a escolaridade. Os valores e significados atribuídos pelos adolescentes e jovens à transformação da floresta estavam impregnados de aspectos, estéticos, espirituais, utilitários e conservacionistas, vindo tanto da bagagem cultural quanto da própria experiência do sujeito. A decisão de transformar a floresta dependeu do balanço entre os valores atribuídos aos ambientes naturais e construídos. De modo geral, os alunos valorizaram mais os ambientes construídos e optaram por transformar uma boa parte da floresta. |