O silenciamento discursivo de gênero no currículo oculto do ensino da matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lima, Nadia Regina Loureiro de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
BR
Linguística; Literatura Brasileira
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
UFAL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufal.br/handle/riufal/555
Resumo: Este trabalho objetiva desenvolver uma análise do funcionamento do discurso de docentes de matemática do 9° ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas de Maceió, materializado em textos escritos (Redação). Partindo de uma questão-temática (Como percebo a aprendizagem da matemática por parte de alunas e alunos?), a análise busca apreender como a posição sujeito docente repercute na relação das alunas com a matemática, tendo como suposto uma construção identitária gendrada do saber. A proposta é que a análise destes textos escritos aponte para as marcas discursivas sobre a visão de gênero dos sujeitos docentes de matemática. Situa-se o discurso docente sobre a aprendizagem da matemática na escola à luz dos conceitos de gênero, silenciamento discursivo e currículo oculto, respaldada nas teorias da Análise do Discurso e dos estudos de gênero. Sob um olhar de gênero, apresenta-se o percurso da análise do funcionamento discursivo, contemplando o procedimento investigativo e a análise das sequências discursivas; nestas, docentes funcionam como porta-vozes de um ideário historicamente construído pela Formação Ideológica patriarcado-capitalismo e materializada na Formação Discursiva da ciência androcêntrica que, neste estudo, corresponde ao ensino da matemática na escola. Assim funcionando, a posição de sujeito docente contribui para a manutenção de relações sociais de gênero, próprias da ordem capitalista e patriarcal.