Sentidos atribuídos à avaliação na produção de política curricular: um estudo a partir da Avaliação Nacional de Alfabetização
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10740 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo investigar os sentidos que estão em disputa por significações nos processos de produção de sentidos na construção de políticas de currículo e avaliação a partir da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). A ANA é uma política de avaliação externa que ganhou destaque com o Pacto nacional da Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), sendo utilizada como forma de aferir o nível dos alunos que devem estar alfabetizados no final do 3o. Ano do ciclo de alfabetização. Com a análise dos documentos referentes à ANA, ao PNAIC se discute sobre os sentidos que tem circulado em meio a essa rede de significados que constitui a política de avaliação, observando sentidos de avaliação, currículo, alfabetização e conhecimento estão disputa, e como tem sido articulados na produção de política curricular. Ressalta-se a importância de problematizar a centralidade que tem sido atribuída à ANA, entendo-a como espaço de luta por significação, enunciação de sentidos e que constitui uma política curricular. O diálogo com Stephen Ball (2006) permite a compreensão do processo cíclico das políticas educacionais atuais, a fim de romper com uma leitura verticalizada dessas políticas. Com esse entendimento, parte-se do princípio que uma política curricular é produzida em um movimento cíclico, no qual há negociações e ressignificações, que em diálogo Homi Bhabha (2001) e sua discussão sobre hibridismo e negociação, permite observar os movimentos dessa rede de sentidos. Essa abordagem propicia pensar o ciclo de políticas na circulação de sentidos, sua produção como arenas políticas tensas, como espaço de negociações, disputas, e, portanto, pensar a política de avaliação como política curricular que se constitui nas relações eu/outro e permite compreender o processo político como inacabado e não isolado, sem uma polarização fixa. A partir disso, ao propor uma estruturação dos processos de alfabetização, com o objetivo de avaliá-lo e medi-lo, pode ser observado o fluxo de sentidos numa tentativa homogeneizadora das ações da ANA. O sentido que tem circulado nos blogs dos professores, onde compartilham experiências e que também foram tomados como fontes dessa pesquisa, é que devem treinar seus alunos para a ANA, de modo que a realização da prova seja feita da melhor maneira possível. Ressalto que as implicações de submeter tais projetos à pretensão de medir, comparar e avaliar conhecimentos e estabelecer padrões de aprendizagem acaba-se por limitar o processo pedagógico |