Avaliação in vitro e in vivo dos mecanismos imunomoduladores envolvidos na atividade antiinflamatória de subfrações de Echinodorus macrophyllus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Girlaine Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16214
Resumo: Echinodorus macrophyllus (Alismataceae), conhecida como chapéu de couro no Brasil, é uma espécie vegetal usada popularmente para tratar doenças inflamatórias. Como estudos anteriores mostraram efeito anti-inflamatório do extrato aquoso de E. macrophyllus (EAEm) e de sua fração etanólica (Fr20), o objetivo deste trabalho foi avaliar esta resposta e os mecanismos de ação em suas subfrações. A Fr20 foi fracionada e quatro subfrações (SF1 a SF4) apresentaram rendimento suficiente para monitoramento in vitro e in vivo. O acúmulo de nitrito (NO2&#8722;) no sobrenadante de células RAW 264.7 foi determinado pela reação de Griess e a viabilidade celular pela atividade redutora mitocondrial (MTT). As subfrações SF1, SF3 e principalmente, a SF4, diminuíram (p<0,05) os níveis de NO, sem afetar a viabilidade celular. O modelo air pouch (bolha de ar) foi utilizado para o monitoramento in vivo. O estímulo por 4h com carragenina aumentou a migração celular e o teor de proteína no exsudato. As subfrações SF2 e SF3 não foram ativas. A SF1 inibiu a migração de células em até 90,5% (100 mg/kg) e a SF4 em até 54,0% (50 mg/kg), afetando principalmente o número de neutrófilos. O teor de proteínas no exsudato do controle (12,08±4,58 mg) foi reduzido para 2,25±1,24 mg, pela SF1 e para 3,90±0,79 mg pela SF4 na maior dose (100 mg/kg). A SF1 se mostrou mais efetiva em inibir a migração de neutrófilos no ensaio de transwell (46,3%) e diminuiu o nível de LTB4 (86,1%) no exsudato da bolha. As subfrações SF1 e SF4 se mostraram as mais ativas, exercendo efeitos maiores em neutrófilos e macrófagos, respectivamente. A SF4 aumentou a IL10 (19,3%) e reduziu NO (100 %), TNF-α (54,2%) e IL-1β (65,8%), através da inibição da expressão dos mRNA para iNOS, TNF-α (73,6%) e IL-1β (73,3%); apresentou efeito antioxidante em macrófagos estimulados com LPS; e reduziu a migração de macrófagos in vitro (wound healing) e in vivo (peritonite, 66,1%). Também foi avaliado o efeito anti-inflamatório (modelo air pouch), após indução de inflamação por 24 h com carragenina, e toxicológico da SF1 após tratamento subagudo (5 dias). Apesar do alto nível de inflamação do grupo controle nesta condição, a SF1 continuou mostrando ação anti-inflamatória importante (redução da vasodilatação, vermelhidão, deposição de fibrina e migração de neutrófilos para a bolha), e aumentou o nível de IL10 (74,1%) e diminuiu TNF-α (87%), IL-1β (77%) e CKCL1/KC (71,3%) e PGE2 (97,8%) no exsudato. Análises do peso e histopatologia de órgãos; hematológicas, bioquímicas, genotoxicidade hepática e atividades de GST e EROD mostraram baixa toxicidade para a SF1. Análises cromatográficas (HPLC-DAD e UPLC-ESI-TOF-MS) indicaram a presença de flavonoides monoglicosilados e diglicosilados na SF4, e monoglicosilados na SF1. Estes resultados confirmam o potencial anti-inflamatório desta planta e mostram importantes mecanismos de ação.