Efeito anti-hiperuricêmico do extrato etanólico das folhas da Echinodorus macrophyllus e avaliação do potencial genotóxico e mutagênico in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vaz, Márcia Soares Mattos lattes
Orientador(a): Barros, Marcio Eduardo de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1317
Resumo: Introdução: Echinodorus macrophyllus, popularmente conhecido como “chapéu de couro”, tem sido utilizada no Brasil como medicamento tradicional para o tratamento da hiperuricemia, artrite reumatóide, doenças renais e outras doenças. Entretanto, há necessidade da comprovação científica das suas ações frente à hiperuricemia, além da avaliação na detecção de qualquer efeito tóxico. O presente estudo foi realizado para investigar o efeito da E. macrophyllus na hiperuricemia em animais hiperuricêmicos induzidos com ácido oxônico, além das análises, dasalterações histopatológicas do rim e bexiga, determinação da DL 50 , bem como a investigação do seu potencial genotóxico e mutagênico. Métodos: A análise do extrato das folhas da E. macrophyllus foi realizado através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência(CLAE). Para investigar a atividade anti-hipeuricemiante do extrato da E. macrophyllusforam utilizados ratos Wistar (machos), induzida a hiperuricemia com ácido oxônico. O extrato da E. macrophyllusfoi usado nas doses de 125 e 250 mg/kg por 7 dias. Os níveis séricos e urinários de ácido úrico, creatinina, bem como nitrogênio uréico sanguíneo (BUN) e frações de excreção de urato (FEUA) foram determinados por métodos colorimétricos e realizada avaliações histopatológicas do rim e bexiga. Na determinação da DL 50 utilizou-se ratos Wistar (fêmeas), com administração do extrato da E. macrophyllus na dosagem de 2000 mg/kg corporal e observados por 14 dias. O ensaio cometa e o teste de micronúcleo para avaliar a genotoxidade e mutagenicidade foram utilizados 50 camundongos Swiss (machos), divididos em 05 grupos (10 camundongos/grupo), sendo que o controle negativo (grupo I) foi exposto por via oral com uma solução salina (0,1 mL/10 g de peso corporal). Os animais do controle positivo (grupo II) foram tratados por via intraperitoneal com ciclofosfamida a uma dose de 100 mg/kg. Enquanto três grupos receberam o extrato da E. macrophyllus, em doses de 500 (grupo III), 1000 (grupo IV), ede 2000 (grupo V) mg / kg de peso corporal por gavage. Resultados: No extrato das folhas da E. macrophyllus a CLAE demonstrou perfis característicos de flavonóides do tipo Flavonol. Nos ratos hiperuricêmicos o extrato da E. macrophyllusdiminuiu os níveis sérico de ácido úrico com aumento da eliminação renal e da FEUA, não apresentando alterações histopatológicas renais ou vesicais comparadas ao controle negativo e as concentrações das enzimas hepáticas e parâmetros renais permaneceram dentro da normalidade. O extrato da E. macrophyllus, na dosagem de 2000 mg/kg, não apresentou toxidadeaguda, indicando que a DL50 é superior a esta dosagem. Na avaliação da genotoxidade e mutagenicidade, não demonstraram alterações no índice ou frequência de dano ao DNA, e a exposição ao extrato não interferiu no número de eritrócitos policromáticos micronucleados. Conclusão: Os resultados obtidos demonstram atividade anti-hiperuricêmica do extrato da E. macrophyllus comprovando indicações empíricas em relação aos níveis de ácido úrico sérico, com aumento da eliminação de ácido úrico e FEUA, além disso, não apresentou alteração histopatológica e ausência de genotoxidade e mutagenecidade.