Mulheres, jovens, negras e positivas para o HIV... quem elas são? Perspectivas interseccionais na trajetória de mulheres grávidas com HIV em acompanhamento de saúde no núcleo perinatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pessoa, Daniele Raimundo Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19635
Resumo: Esta dissertação constitui um estudo acerca da trajetória de mulheres com HIV em acompanhamento de saúde no Núcleo Perinatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. O objetivo foi identificar os determinantes sociais na interseccionalidade de gênero, sexualidade, classe social, raça, sexualidade, dentre outros que interferem no processo saúde/doença de mulheres gestantes/puérperas com HIV que acessam o Hospital Universitário Pedro Ernesto para acompanhamento no ambulatório de pré natal ou parto. Este estudo foi construído a partir da hipótese de que embora preconizado por várias legislações (PAISM, SUS, PNAISM), na prática o olhar integral sobre a saúde da mulher com HIV não se efetiva, permanecendo o foco das ações no período reprodutivo. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, com base no método crítico-dialético e foi desenvolvida no Núcleo Perinatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto, a partir da realização de entrevistas com mulheres com diagnóstico de sorologia positiva para o HIV que foram atendidas no Núcleo Perinatal do HUPE. Os resultados apontaram que a realidade social vivida pelas participantes desta pesquisa, é marcada pela naturalização das desigualdades econômicas, raciais e de gênero/sexualidade, fazendo que elas embora lutem cotidianamente resistindo a todos esses atravessamentos por vezes não conseguem fazer uma leitura de todo o contexto de suas vidas. A pesquisa observou também que, embora nem todas tenham sido diagnosticadas durante o período gravídico puerperal, é neste momento que os serviços de saúde compõem suas histórias, confirmando a hipótese de que o acesso delas aos cuidados de saúde está pautado por este período. Nesse contexto, aponta a necessidade de que se caminhe na garantia da atenção à saúde integral da mulher.