Agindo e interagindo com a presença do HIV: o sentido de vulnerabilidade para mulheres no contexto do HIV/Aids

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Porto, Tainara Serodio Amim Rangel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11152
Resumo: A presente pesquisa buscou investigar os significados atribuídos por mulheres à vulnerabilidade ao HIV/Aids, utilizando-se para tal dois grupos amostrais: mulheres profissionais de saúde que cuidam de mulheres com HIV, e mulheres com sorologia positiva para o HIV. Para isto se traçou como objetivos: identificar os significados do HIV/Aids para as mulheres; identificar os significados de vulnerabilidade ao HIV para as mulheres a partir dos significados do HIV, e analisar os significados de vulnerabilidade ao HIV à luz do interacionismo simbólico. Esta pesquisa justifica-se pelo aumento dos casos de Aids em mulheres através de relações heterossexuais desprotegidas. A técnica de coleta de dados utilizada foi entrevista semiestruturada. A metodologia empregada foi a abordagem qualitativa subsidiada pela Grounded Theory, sendo o referencial de análise dos dados o interacionismo simbólico. Foi identificado que as mulheres profissionais de saúde entendem como vulnerabilidade ao HIV ser profissional da área da saúde e trabalhar na área de doenças infectocontagiosas; não ter parceiro fixo, ter múltiplos parceiros e não confiar no companheiro; e ainda, não utilizar preservativo, porém, ela observa a vulnerabilidade na outra mulher. As mulheres portadoras do HIV também significavam vulnerabilidade, antes da soropositividade, como multiplicidade de parceiros e não ter relação estável, porém, hoje, entendem como vulnerável a pessoa que não utiliza o preservativo. Observa-se que os dois grupos de mulheres possuem um conceito equivocado de vulnerabilidade, pois entendem vulnerabilidade como percepção de risco, e ainda que, na perspectiva interacionista, o vírus HIV se configura como um importante objeto social presente na situação de interação, logo, influência na construção de sentidos e ações de mulheres.