O fenômeno psicossomático e as incidências do objeto a

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moraes, Joseane Garcia de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14573
Resumo: Esta tese aborda o fenômeno psicossomático a partir das formulações de Jacques Lacan, tema ainda pouco pesquisado e com poucos avanços teórico-clínicos. Tem como objetivo principal discutir a afirmação difundida entre os seguidores lacanianos, baseada na formulação da holófrase envolvida na origem do fenômeno psicossomático, de que o objeto a, por não poder ser extraído, é encarnado no órgão lesionado. Depois de um estudo sobre a ruptura de Lacan com concepção da unidade psicofísica em jogo nas escolas de psicossomática e a problematização do corpo na psicanálise, todas as formulações de Lacan sobre o tema são analisadas e um estudo detalhado da invenção lacaniana do objeto a é feito, verificando a possibilidade do objeto a se encarnar. No entanto, ao constatar que a consistência do objeto é o vazio, pois ele é uma estrutura topológica que responde a uma lógica que formaliza a borda de uma interseção vazia entre o sujeito e o Outro, sua encarnação é refutada. Dando ênfase à última formulação de Lacan sobre o fenômeno psicossomático, de que é algo da ordem do número escrito no corpo e fixado por um gozo específico, esta tese chega a indicar um novo caminho de discussão, apresentando a hipótese, a partir da topologia borromeana, de uma continuidade de dois registros, imaginário-real, ou seja, uma amarração não borromeana. O estudo do livro de Fritz Zorn e a construção de um caso clínico convocam a considerar o fenômeno psicossomático como passível de investigação psicanalítica