O corpo e as incidências clínicas do fenômeno psicossomático na psicanálise.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14695 |
Resumo: | Esta dissertação objetivou investigar o que se apresenta como ponto de silêncio no discurso de pacientes acometidos por fenômeno psicossomático, o que foi lançado como hipótese à presença do fenômeno linguístico da holófrase. O estudo teve como ponto de partida dois casos clínicos de pacientes acometidos pelo pênfigo, ou, como popularmente é conhecido, fogo selvagem. O pênfigo é uma doença normalmente relacionada às áreas específicas da dermatologia e reumatologia, não se sabe a causa do desencadeamento, tampouco sua etiologia. O recorte delimitador da pesquisa está relacionado à interface entre dois campos: a Psicanálise e a Medicina, o que fez com que os atendimentos acontecessem dentro do âmbito hospitalar. O tema do fenômeno psicossomático não é de origem freudiana, contudo, foi a partir das referências deixadas por ele e, mais especificamente, por Lacan, que a pesquisa foi baseada. É a partir da inauguração de um novo campo, o campo pulsional para Freud e o campo do gozo para Lacan, que podemos instituir a radicalidade do entendimento de corpo para o discurso médico e psicanalítico. Assim, sinalizo que, neste estudo, doenças classificadas como autoimunes não são tomadas como sinônimo do termo fenômeno psicossomático, o que marca a distinção dos discursos, trazendo como alerta à urgência de discutir o estatuto do corpo dentro do próprio campo da psicanálise. A partir dos vestígios deixados por Lacan, do conceito de holófrase e do gozo qualificado como específico, que esta pesquisa constitui uma reabertura para pensarmos as incidências clínicas da ordem da inscrição do traço e do número na concretude do corpo. O significante marca o corpo de maneira desigual, no caso da holófrase, o sujeito elidido permanece entregue ao gozo do Outro, o que o deixa suscetível a todo tipo de azar. O preço que se paga é alto: no corpo. A partir da hipótese lançada veremos que o estudo da holófrase assume uma finalidade importante nos casos de FPS, todavia, sua precisão clínica nem sempre ocorre facilmente por parte do analista, o que faz com que seguir a via da economia de gozo e avançar teoricamente nas construções em direção ao registro do real talvez seja a melhor direção de estudo |