Afetos e(m) conexões: uma cartografia feminista por entre dobras e fronteiras de prisões femininas no Brasil e em Portugal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: D´Angelo, Luisa Bertrami
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17317
Resumo: Esta tese analisou as tramas afetivas tecidas entre “dentro” e “fora” de prisões femininas no Brasil e em Portugal. Por meio da construção de uma cartografia feminista, e pensando a prisão a partir de suas porosidades e de seu caráter produtivo, foi construído um campo que envolveu os dois lados dos muros de prisões brasileiras e portuguesas. A noção de dobra foi acionada para compreender as forças que produzem prisão e subjetividades, dobrando dentro no fora e fora no dentro e evidenciando o caráter coextensivo dos dois lados dos muros prisionais. Para acompanhar a processualidade dos fluxos que conectam pessoas, coisas, espaços e tempos, foram elencados alguns objetos que deixam ver os modos como relações afetivas e familiares são criadas, mantidas e reorganizadas em face à prisão. Assim, cartas, telefones, sistemas de videoconferência, fotografias, pertences, a comida, papéis e documentos mostraram-se como materializações desses afetos que se inserem em uma rede de humanos e não-humanos que opera conectividades e deixa ver as texturas de afeto e resistência que compõem as interações nas e a partir das fronteiras prisionais. O que o desenho da geografia de afetos que se produz nas dobras da prisão mostrou é que, diante da possibilidade de rompimento ou fragilização dos laços afetivos e familiares em decorrência da prisão, pessoas dos dois lados dos muros empreendem esforços no sentido de produzir formas de presença e remodular tempos e espaços, articulando dentro, fora, prisão, rua, presença, ausência, países, famílias, amores, afetos e relações.