Entre sujeita-mulher e mulher de bandido : produções de feminilidades em contexto de privação de liberdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: D angelo, Luisa Bertrami
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15403
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo discutir e acompanhar processos de produção de feminilidades em contextos de privação de liberdade voltados para mulheres e meninas. A partir de entrevistas individuais e/ou em grupo com mulheres adultas e jovens cumprindo pena privativa de liberdade/medida socioeducativa de internação, profissionais das equipes técnicas e das direções e agentes penitenciárias(os) e socioeducativas(os) em uma unidade prisional e em uma unidade socioeducativa do Rio de Janeiro buscou-se traçar as múltiplas e heterogêneas possibilidades de performar feminilidades tanto no mundo do crime especialmente no tráfico de drogas, tipificação que mais encarcera mulheres e meninas no Brasil quanto nos mundos da prisão e do sistema socioeducativo. Escavando naquilo que se inscreve/se oferece como as origens das prisões e unidades socioeducativas femininas, esta pesquisa buscou investigar as continuidades e rupturas nas práticas e discursos que justificavam a existência destas instituições, encontrando nas críticas de teóricas feministas subsídios para uma leitura crítica a respeito das instituições de privação de liberdade. A partir da Cartografia e dos conceitos de dobra, de Gilles Deleuze, de máscaras, de Suely Rolnik e de performatividade de gênero de Judith Butler, e partindo de uma perspectiva que pensa a privação de liberdade como dispositivo produtor de subjetividades, investigou-se a pluralidade de arranjos, forças, fluxos, tensões e movimentos que produzem feminilidades nestes contextos, tentando acompanhar estes processos de produção e examinando como o gênero, o tempo e o espaço produzem atravessamentos que tomam contornos específicos quando em face de dispositivos de controle como a prisão e o socioeducativo. Para tanto, elencou-se alguns analisadores como a visita familiar, a visita íntima e o trabalho para perscrutar as linhas e as forças que se cruzam, dobram e desdobram de modo a criar diferentes modos de existência e dinâmicas institucionais que, pautadas nestas dobras de gênero, espacial e temporal, fazem aparecer mecanismos, jogos de poder, moralidades e estratégias que circulam pelos corredores da prisão e das unidades socioeducativas para mulheres e meninas