Dobrando a arquitetura contemporânea: um estudo sobre a obra de Peter Eisenman e o uso do conceito de dobra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barros, Carolina Mendonça Fernandes de
Orientador(a): Jantzen, Sylvio Arnoldo Dick
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5038
Resumo: Nas arquiteturas de vanguarda, a construção do novo é um imperativo radical e frequentemente é baseada na destruição do anterior. Já as experiências arquitetônicas recentes contemporâneas usam conceitos como o da fragmentação, do caos e da desordem que, mesmo dentro de uma ordem aparente, permanecem como temas centrais, de onde produzem uma flagrante ruptura nas nossas maneiras habituais de perceber a forma e o espaço. No experimentalismo de Peter Eisenman, aparece uma arquitetura livre de valores externos, com seu falar independente, de construção abstrata e ―atópica‖, com ideia de arquitetura como "escrita", em oposição à arquitetura como ―imagem‖. Ao visualizar as obras do arquiteto, descobre-se que a intenção é afirmar a existência de um lugar textual, que outrora, para demais arquitetos e projetos, seriam signos reconhecíveis. A partir disso, a pesquisa busca identificar o problema da inovação através do uso de conceitos filosóficos convertidos em estratégias projetuais para a concepção arquitetônica contemporânea, os quais influenciam a produção de Peter Eisenman. O conceito filosófico de dobra (desenvolvido por Gilles Deleuze) é um desses conceitos-chave, porque descreve operações projetuais recorrentes na obra do arquiteto. O projeto da Cidade da Cultura em Santiago de Compostela é considerado uma obra exemplar, cuja análise evidencia a transposição da dobra filosófica para o campo projetual arquitetônico. Nas conclusões, há um exercício de reflexão a partir do caso estudado, considerando a evocação da dobra nos processos projetuais de Peter Eisenman, combinada com outros instrumentos, os quais caracterizam as concepções arquitetônicas do arquiteto.