Ideologia de gênero na Câmara dos Deputados: disputas, apropriações e ampliação da ofensiva (2011-2021)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17968 |
Resumo: | Esta pesquisa pretende responder a seguinte questão: a noção de “ideologia de gênero” tem sido usada na Câmara dos Deputados como ferramenta retórica para defender ou atacar que tipos de tema, com que frequência e sob qual lógica argumentativa? O objetivo é mostrar de que forma se dá a aplicação prática, no legislativo brasileiro, desse recurso discursivo ao longo da última década (2011-2021). Busca-se assim, a partir do olhar da sociologia política, avançar na compreensão sobre como grupos neoconservadores brasileiros incorporam essa expressão às suas lutas – o que difere de país para país – e quais são os impactos disso na disputa política nacional. A presente pesquisa inicia-se com um panorama geral de como a “ideologia de gênero” se desenvolveu e se difundiu globalmente desde que formulada por católicos conservadores e pelo próprio Vaticano em meados dos anos 1990. Em seguida, analisa-se de forma mais aprofundada os usos dessa expressão na América Latina e no Brasil. Por fim, é realizado um levantamento, por meio do sistema online da Câmara dos Deputados, de todas as menções ao termo “ideologia de gênero” nas propostas legislativas e nos discursos em plenário feitos no período estudado. Os dados obtidos permitem considerar que a ferramenta retórica da “ideologia de gênero” adquiriu papel de destaque na Câmara a partir do ano de 2015 e que, desde então, o escopo de atuação de parlamentares que incluem essa expressão em seus discursos e propostas tem se expandido progressivamente, alcançando temas que a priori não têm relação direta com questões de gênero, como acordos comerciais internacionais. |