Autonomia, letramentos sociais e participação: os caminhos percorridos com os estudantes do oitavo ano de uma escola pública estadual no Gradim
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFLETRAS) - FFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20681 |
Resumo: | As ações da presente pesquisa têm como embasamento teórico os estudos dialógicos e interacionistas da linguagem, idealizados por Mikhail Bakhtin e seu Círculo, com considerações acerca da teoria enunciativa defendida por Cecília Goulart, segundo a qual “enunciar é argumentar”, bem como os conceitos de experiência/sentido de Jorge Larrosa Bondía, passando pelas ideias de educação como ato político e da formação emancipadora do discente, através da pedagogia crítica de Paulo Freire e das reflexões de Edgar Morin acerca da complexidade do indivíduo. A proposta de trabalho ora partilhada utilizou a metodologia da pesquisa-ação socialmente crítica (TRIPP), e propôs a elaboração didática participativa (OLIVEIRA, 2019), que sugere atividades educacionais de cunho qualitativo com viés político e ideológico, recorrendo ainda aos estudos dos letramentos sociais (STREET, 2014). O estudo apresentado visa apresentar minha prática docente junto aos estudantes de uma turma de oitavo ano do ensino fundamental, no Colégio Estadual Coronel Francisco Lima (CECFL), unidade escolar situada no bairro Gradim, município de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro e procura incentivar o poder pertinente aos jovens de refletir, repensar, criar e compartilhar suas experiências; assim como Paulo Freire sugere do “dizer a sua palavra”; buscou ainda, apresentar uma proposta pedagógica didática colaborativa, na qual se fez necessário uma relação de parceria entre estudantes e professora, que se enxergam como colaboradores, com uma visão de mundo mais altruísta e ações voltadas aos valores sociais. As atividades que desenvolvemos foram prospectadas acreditando no potencial dialógico que a sala de aula proporciona e na valorização da criatividade e da autonomia discentes e foram produzidas em parceria interinstitucional entre o CECFL, o CIEP 250 Rozendo Rica Marcos e a UERJ/FFP. Desenvolvemos com uma turma uma pesquisa de opinião, em que os estudantes elegeram como tema o bairro em que moram/estudam, realizando ações práticas pelo bairro, que suscitou o desenvolvimento de oficinas para os alunos do referido CIEP, integrando-se ao projeto que a equipe vinha desenvolvendo, com base nas orientações de Leonardo Boff de cuidar de si, do outro e do planeta. A presente pesquisa mostrou que é possível aprender além dos muros da escola, com práticas significativas vividas pelos estudantes e pela professora-pesquisadora, transformando uma experiência pedagógica, em uma experiência humana. |