Os grêmios estudantis e as mobilizações secundaristas em Bauru no ano de 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Chagas, Marcos Rogério Jesus [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193524
Resumo: O presente trabalho busca apresentar os debates conceituais que envolvem a organização dos estudantes secundaristas, como sua condição de classe, o processo de alienação conduzido por meio da escola e as relações democráticas presentes no ambiente escolar. Para esta análise, usa-se como base o movimento de ocupação de escolas em Bauru no ano de 2015, contra o projeto de “reorganização” das escolas. O objetivo é analisar a participação dos grêmios estudantis nestes movimentos, podendo assim realizar um debate sobre os grêmios enquanto instrumentos de organização dos estudantes secundaristas. Considerando as disputas de classe em nossa sociedade e o papel dos estudantes secundaristas dentro destas disputas, nos propomos a avaliar em que medida os grêmios são usados como instrumento de controle e limitação da atuação do movimento estudantil secundarista. Outro elemento também usado é um levantamento histórico no movimento estudantil no Brasil, e na cidade de Bauru, para observar como os estudantes se organizaram ao longo da história e como ocorreram as tentativas de controle sob as entidades organizativas dos estudantes. Como forma de observar estas condições dentro do ambiente escolar no período do pré e pós ocupação, fizemos um estudo de caso de uma das escolas ocupadas na cidade de Bauru, observando o papel da direção da escola no controle do grêmio, seja de suas atividades, seja para que os estudantes envolvidos na ocupação tenham obstáculos para reformular o estatuto do grêmio, e posteriormente, interferindo no processo eleitoral para que a chapa ligada aos alunos do movimento estudantil não ganhem o processo eleitoral. Os elementos levantados nos mostram que o controle do estado sob os Grêmios Estudantis, estabelecidos durante o período da ditadura militar, permanece ainda nos dias atuais, com o Estado se apresentando como “incentivador” da organização dos estudantes, impondo desta forma a sua perspectiva de organização estudantil.