A poesia de Mario Quintana na fronteira infantojuvenil: (re)endereçamento, recepção e partilha
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18420 |
Resumo: | Aguiar e Ceccantini (2012) afirmam que a produção poética infantil do último quinquênio passou a contar com obras não só especificamente escritas para crianças, mas a elas reendereçadas por uma série de motivos, sendo o interesse editorial um dos mais relevantes. Apesar de ter escrito apenas dois poemas endereçados especificamente ao leitor infantil, Mario Quintana comporta, em sua antologia, textos reeditados para suprir essa evidente demanda comercial. Isto acontece porque na poética de Quintana observa-se a amplitude de uma voz que se dirige não somente a um leitor em especial, mas, como autêntica poesia, se estende para infinitas possibilidades de recepção, num compartilhamento universal das sensibilidades dos atores diante dos atos de leitura e escrita. Ao adentrar as criações do poeta gaúcho, pretende-se demonstrar que, embora a questão mercadológica no processo de transposição ao leitor infantil seja relevante, o texto não é coadjuvante nessa relação entre literatura, partilha, recepção estética e mercado. Na poesia, os significados são metaforizados e estendidos ao extremo. Dentro desta extensão semântica existem alguns espaços comuns e outros específicos onde cada leitor pode participar da construção dos sentidos do texto. Desse modo, é necessário pensar em como os sinais vitais do poema são capazes de se tornar o comum compartilhado entre os leitores, em conformidade com o conceito de partilha do sensível, definido pelo filósofo Jacques Rancière (2009). A experiência estética, nesse estudo, notabiliza-se, portanto, em face da obviedade dos recursos dos quais as editoras fazem uso com vistas a adornar o objeto-livro de uma atratividade apelativa para o consumo. Propomo-nos, portanto, a dissertar sobre as relações existentes entre os conceitos de “endereçamento” e “reendereçamento” aplicados à obra de Mario Quintana, amparados pela estética da recepção (Jauss) e teoria do efeito (Iser) que permeiam os atos de escrita e de leitura. |