Padrões de dieta e risco cardiovascular: Estudo Pró-Saúde
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7223 |
Resumo: | Padrões de consumo alimentar referem-se a um conjunto ou combinação de alimentos ou nutrientes consumidos por uma determinada população. A complexidade da dieta dos indivíduos, dificulta a compreensão da relação dieta-doença através de análises isoladas de nutriente ou alimento, portanto, a análise desses padrões visa melhor predizer o risco de doenças crônicas relacionadas a dieta humana. O objetivo desse trabalho foi investigar os padrões de dieta, através dos nutrientes e alimentos, e sua relação com a obesidade e risco cardiovascular. A amostra foi composta por 520 com funcionários técnicos administrativos de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro, participantes do estudo Pró Saúde. O consumo alimentar foi investigado através do Questionário de Frequência Alimentar. Os padrões de consumo foram obtidos por análise de componentes principais. Os padrões de nutrientes foram extraídos a partir de 27 nutrientes e os padrões de alimentos obtidos a partir de 25 grupos alimentares. Para cada uma das variáveis respostas como a massa gorda total % (MGT%), massa gorda androide % (MGA%), massa gorda ginóide % (MGG%), razão %MGA/%MGG, índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura (CC) e escala de risco de Framingham (ERF), foi realizado um modelo de regressão linear em relação aos padrões de nutrientes e aos padrões de alimentos, ajustados pelas variáveis sóciodemográficas (sexo, escolaridade, renda, idade) e energia total (consumo total de calorias). Utilizou-se o programa estatístico STATA. Dentre os participantes, 52% era do sexo feminino, com idade entre 50 e 54 anos (24,6%), escolaridade superior (54,4%) e renda familiar líquida per capita de até 3 salários mínimos (70%). Aproximadamente 66% da população apresentou excesso de peso ou obesidade e 78% estavam com a CC indicando risco de complicações cardiometabólicas. Segundo o ERF, 32% dos indivíduos possuem risco de ocorrência de doença cardiovascular em 10 anos. Dois padrões de nutrientes (PN) que explicam 77% da variância total foram identificados: PN1 (68%) foi caracterizado por nutrientes diversos; PN2 (9%) por nutrientes como vitamina B12, cobre e retinol. De acordo com o PN1, a aumento na unidade obteve redução média de 1,119 na MGT% no modelo bruto. Entretanto, em nenhum dos modelos ajustados encontramos coeficientes significativos a 5%. De acordo com os padrões de alimentos, quatro padrões foram identificados: ultraprocessados, saudável, carnes e tradicional. Destacamos uma redução média de 0,559 no IMC (p=0,015) ao aumentarmos uma unidade no padrão carne . Com aumento de uma unidade no padrão carne observamos uma redução média de 0,366 no ERF (p=0,009). Destacamos em nossos achados a presença de um padrão de nutrientes proveniente de uma dieta mista e a associação inversa do padrão de consumo denominado carne e o IMC. Salienta-se a importância no avanço dos estudos relacionados ao consumo alimentar no processo saúde-doença, visto a elevada prevalência de excesso de peso em nossa população de trabalhadores |