Padrões alimentares e fatores de risco em indivíduos com doença cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Torreglosa, Camila Ragne
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-23022015-162319/
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de mortalidade e de incapacidade, em ambos os gêneros, no Brasil e no mundo. O padrão de consumo alimentar está tanto positiva como negativamente associado aos principais fatores de risco para DCV, entre eles diabetes, hipertensão, obesidade e hipertrigliceridemia, todos componentes da síndrome metabólica. Este estudo tem como objetivos identificar os padrões alimentares em indivíduos com DCV, considerando a densidade de energia, a gordura saturada, a fibra, o sódio e o potássio consumidos, e investigar sua associação com fatores de risco de DCV e síndrome metabólica. Trata-se de um estudo transversal. Foram utilizados dados do estudo DICA Br. A amostra foi composta de indivíduos com DCV, com idade superior a 45 anos, de todas as regiões brasileiras. O consumo alimentar foi obtido por recordatório alimentar de 24h e os padrões alimentares obtidos pela regressão por posto reduzido (RPR). Para a RPR, utilizaram-se 28 grupos alimentares como preditores e como variáveis respostas componentes dietéticos. O teste de Mann Whitney foi utilizado para testar as diferenças entre as médias dos escores. Foram obtidos dados de 1.047 participantes; 95% apresentavam doença arterial coronariana; em sua maioria, eram idosos, da classe econômica C1 e C2 e estudaram até o ensino médio. A prevalência de síndrome metabólica foi de 58%. Foram extraídos dois padrões alimentares. O primeiro foi marcado pelo maior consumo de fibra alimentar e potássio, composto por arroz e feijão, frutas e sucos naturais com ou sem açúcar, legumes, carne bovina ou processada, verduras, raízes e tubérculos. O segundo padrão caracterizou-se pelo consumo de gordura saturada e maior densidade energética, representado por panificados salgados, gorduras, carne bovina e processada, doces caseiros, pizza, salgadinhos de pacote ou festa, sanduíche e alimento salgado pronto para consumo. Houve associação significativa entre o padrão alimentar 1 com medida da circunferência da cintura e nível de HDL adequados e com o padrão 2 e HDL adequado. A adoção do padrão alimentar 1 pode estar associada à proteção contra alguns dos componentes da síndrome metabólica.