Moda e condição feminina nas páginas da revista Fon-Fon (1910-1920)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13619 |
Resumo: | Essa dissertação tem como objetivo analisar a condição feminina no período de construção da modernidade no Rio de Janeiro, bem como os novos padrões de beleza e comportamento adotados pela classe dominante e divulgados pela imprensa entre as décadas de 1910 e 1920. Pretendemos pensar a modernidade sob a ótica da revista, pela lógica da reafirmação da divisão sexista dos papéis sociais. Isto porque em relação aos comportamentos femininos, apesar das transformações inerentes à época, o encontro entre tradição e modernidade seguia limitando a atuação das mulheres na sociedade. Assim, utilizando o vestuário como janela de reflexão, relacionamos modernidade, relações de gênero e ideias sociais e políticas. Então, percebemos as marcas da tradição inerentes a este contexto de transformações. Neste sentido, analisamos a Revista Fon-Fon onde é possível visualizar a mudança na maneira de vestir e agir das cariocas e a construção e a reprodução de um padrão de comportamento feminino, marcado pela exclusão e pela definição social de papéis. Partimos de uma relação dialética entre a sociedade e a revista que torna-se um instigante pretexto para as reflexões acerca dos valores sociais e políticos transmitidos pelo vestuário e pelo comportamento feminino. Assim, suas charges, caricaturas e artigos nos permitem pensar os significados conferidos ao feminino, em geral muito marcados por uma visão conservadora de sociedade. Portanto, é possível notar que havia um investimento da classe dominante na busca por caminhos que pudessem levar à civilização e ao progresso e a mulher era parte direta deste processo. Esta mulher continuava retratada como mãe e dona de casa, em oposição aos avanços do feminismo, frequentemente criticado pela Fon-Fon. O Brasil precisava se tornar visível ao mundo e, para isto, inspirava-se em Paris como uma referência de civilização, cultura e comportamento. Assim, tomamos como objeto as representações do feminino na belle époque carioca, visualizadas nas imagens fotográficas, artigos e propagandas da revista, ajudando-nos a compreender o lugar social da mulher na modernidade. Esta era idealizada e representada a partir de valores que conjugavam tradição e modernidade. |