Relações de poder, gênero e condição feminina na imprensa carioca: O Malho, Careta e Fon-Fon (1910- 1950)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Caetano, Vívian Marcello Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19857
Resumo: Nesta tese analisamos as representações e a participação feminina na imprensa carioca entre as décadas de 1910 e 1950. Pretendemos pensar a modernidade sob a ótica das revistas, entendendo haver uma reafirmação da divisão sexista dos papéis de gênero. Isto porque, em relação aos comportamentos femininos, mesmo com as transformações que caracterizam a época, o encontro entre tradição e modernidade seguia limitando a atuação das mulheres na sociedade. Neste sentido, a partir da análise das revistas O Malho, Careta e Fon-Fon, é possível visualizar tanto as alterações nas relações de gênero com o protagonismo feminino, como também a construção e a reprodução de um padrão de comportamento marcado pela exclusão e definição social de papéis. Partimos de uma relação dialética entre a sociedade e as revistas, sendo este um instigante pretexto para as reflexões acerca dos valores sociais e políticos transmitidos pelas propagandas, charges, caricaturas e artigos que nos permitem pensar o lugar social da mulher durante a primeira metade do século XX. Assim, podemos refletir acerca dos significados conferidos às mulheres e ao feminismo, representados frequentemente a partir de valores conservadores. Ou seja, a mulher moderna continuava retratada como mãe e dona de casa, em oposição aos avanços e à conquista de maior autonomia. Portanto, apesar da pouca participação feminina nestes periódicos, e justamente por isso, pretendemos investigar nos artigos, contos, entrevistas e imagens fotográficas, quem eram e o que pensavam estas mulheres.