Homossexualidade e ética psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marques, Luciana Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14560
Resumo: A presente pesquisa visa refletir sobre a homossexualidade e a ética implicada na prática clínica psicanalítica. Com esse fim, abarca as representações sociais da homossexualidade ao longo da história, apontando para os diferentes momentos em que o universo sociocultural veio alterar a relação do sujeito com o seu desejo. A partir de Freud, que ao criar a psicanálise subverteu a noção de sexualidade e a ampliou para além do domínio do genital, a escolha do parceiro será abordada pelo princípio da incompletude, marca da impossibilidade de se inscrever a relação sexual, que não deixa, contudo, de animar o desejo do sujeito em direção ao objeto que o causa. A hipótese que sustenta esta tese é a de que o irremediável da diferença dos sexos pesa sobre a escolha do sexo, e não sobre a escolha do parceiro, ratificando a função de enodamento - do real, do simbólico e do imaginário -, implicada no complexo de castração inconsciente, tal como elaborado por Lacan. Se a eleição de um parceiro implica uma escolha por parte do sujeito causado, a escolha do sexo incide sobre o sujeito como uma escolha forçosamente orientada. Nesta pesquisa, a clínica psicanalítica e sua ética sustentam o desejo como o único destino possível para o sujeito frente ao mal-estar da sexualidade