A unidade de conservação como lugar de proteção ambiental e cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Kloske, Izabel Maria Antunes Luzia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13400
Resumo: Essa dissertação propõe-se a examinar a floresta como área de conflito entre a proteção ambiental e as práticas culturais (religiosas) desenvolvidas na Curva do S, área estratégica externa do Parque Nacional da Tijuca, unidade de conservação, situada na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de um trabalho analítico e conceitual, tendo por objetivos: mapear a legislação ambiental mais significativa vigente e aplicável ao tema, nas escalas internacional e nacional, como instrumento de análise; resgatar a história ambiental da Floresta da Tijuca, perpassando pelo significado da floresta nas esferas ambiental e cultural; e, examinar a espacialidade da Curva do S. Para tanto, com o suporte de pesquisas bibliográfica, documental e de campo entre os anos de 2013 e 2015, faz-se a análise entre homem, cultura e natureza, e suas inter-relações espaço-temporais, tendo como linha condutora: a diversidade, pontos centrais: o lugar e o território santuário e auxiliares: as definições e conceitos multidisciplinares. Da análise supracitada, explora-se a dicotomia entre a relação do homem com a natureza e entre a relação da cultura - enquanto produto da ação humana - com a natureza para depreender-se que o conflito é aparente, criado, no tempo e no espaço, pelas interpretações individual e coletiva. Da mesma forma, perscruta-se a floresta e a interseção entre o seu simbolismo e sua história ambiental para, então, desenhar-se o percurso do afeto no espaço geográfico. A partir de uma reflexão e correlação com a teoria de afetividade de Spinoza, pensa-se em uma nova possibilidade de abordagem e compreensão do conceito de lugar (TUAN) dialogando com território santuário (CORRÊA, A.M.), carregado de geossímbolos (BONNEMAISON) fatores importantes na construção da floresta como lugar de proteção ambiental e cultural. Conclui-se, sob a perspectiva da geografia cultural, que as necessidades humanas no que tange à natureza e à cultura não são divergentes nem excludentes; ao contrário, mostram-se convergentes e complementares, podendo coexistir de maneira equilibrada e harmoniosa. Tem-se a floresta como um símbolo de conciliação e proteção ambiental e cultural. Tal estudo serve também como suporte na elaboração de políticas públicas em diversas localidades no Brasil, visto que transcende a aplicação em escala local, podendo ser transposto para outras áreas de aparentes conflitos entre proteção ambiental e práticas culturais, não só religiosas