Discursos docentes atribuídos à educação de jovens e adultos a partir de tensionamentos provocados pela juvenilização da modalidade: analisando o contexto de uma escola municipal de Duque de Caxias(RJ)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10268 |
Resumo: | Esta pesquisa assume uma abordagem pós-estruturalista, adotando como referencial teórico as contribuições da teoria do discurso proposta Ernesto Laclau e Chantal Mouffe. O conceito de hegemonia é utilizado para analisar os discursos que circulam entre os docentes da educação de jovens e adultos (EJA) a partir da significação ao processo enunciado como juvenilização da EJA. A partir desses discursos, assumo a possibilidade de trazer à tona sentidos atribuídos à modalidade, reivindicações para a mesma do ponto de vista de seus sujeitos e objetivos. A EJA se configura em um território de disputas discursivas acirradas. Em meio a estas lutas, a questão dos mais jovens acessando a EJA, aqueles/as a partir de 15 anos, processo nomeado de juvenilização, vem ganhando destaque nas discussões do campo, questionando a presença destes/as, visto que, não se configurariam o público para o qual se destina, na percepção de muitos docentes e pesquisadores. Assumo, que o público muito jovem sempre configurou-se sujeito demandante da EJA, ainda quando não se organizava sob estes moldes. Isso porque, a escola brasileira, historicamente, negligenciou a educação das camadas populares, afastando da escola inúmeros sujeitos. Interpreto o estranhamento porque a condição de ser jovem também sofreu deslocamentos, passaram a ter assegurados direitos, não a rebote dos destinados a crianças ou adultos, mas respeitando suas especificidades. Assumo, que a notoriedade dos jovens fez com que fossem significados, proliferando-se inúmeros discursos em torno destes/as. Portanto, não considero estes sujeitos novos do ponto de vista da faixa etária, mas diferentes quanto aos significados atribuídos a estes. A pesquisa apresenta cunho etnográfico, utilizando como metodologia, as entrevistas narrativas com docentes de uma escola da rede municipal de educação de Duque de Caxias. Utilizou-se as entrevistas narrativas com docentes, de modo a interpretar como significam os jovens da EJA e sob quais sentidos compreendem a modalidade. A análise destes discursos indicam que não há apenas um sentido atribuído à juventude, mas hegemonicamente, os jovens da EJA são significados como problemáticos do ponto de vista disciplinar, mas ao mesmo tempo, reconhecendo a modalidade a partir da perspectiva do direito, assumem que este espaço é importante. Não é possível indicar que os/as professores/as significam a EJA apenas sob a ótica de um discurso, estes são híbridos forjados para além de discursos conscientes. |