Sobre mulheres e muros: O protagonismo negro feminino no grafite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Elisa Simoni da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10047
Resumo: Esta pesquisa busca refletir sobre o grafite como um lugar de protagonismo para a mulher negra jovem, suas trajetórias de silenciamentos e falta de representatividade. O objetivo é perceber como este apagamento muitas vezes se desdobra no processo de auto representação no espaço urbano, por meio do grafite. Em geral, essas mulheres não desenvolvem uma boa relação com seus cabelos e seus corpos, não encontram representações positivas sobre si mesmas e crescem com estas ausências. Exposta constantemente a situações de violência e discriminação, sofre as consequências de um passado escravocrata e desigual. Na arte urbana, o espaço da rua ainda é majoritariamente masculino, direcionando as mulheres artistas para oficinas e espaços mais limitados, nos quais elas fiquem contidas e confinadas. Além dos papeis secundários, as grafiteiras ainda convivem com o assédio e a falta de valorização da sua arte. A necessidade de ocupar nosso lugar de fala e assumir o protagonismo de nossas histórias, não apenas na cena do grafite, é o que me move nesta pesquisa. Falar sobre a condição de desigualdade da mulher negra em nossa sociedade racista e patriarcal é também uma iniciativa para dialogar com as demais publicações e pesquisas que tratam deste assunto. É pela nossa sobrevivência e pelo acesso aos direitos que são negados a nós.