Eu sou o que vejo - representação e representatividade negra na literatura infantil contemporânea
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00087 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16280 |
Resumo: | A presente tese, de cunho interdisciplinar, abrange as áreas de Letras, Educação e Artes e tem como objetivo central analisar as imagens dos livros de Literatura Infantil com temática étnico-racial, com foco naqueles que trazem personagens protagonistas negras. Serão cerca de dez livros infantis analisados, além dos que tiveram apenas uma ou outra imagem mencionada, em sua maioria publicados na última década. As análises serão bibliográficas e levam em conta o aumento significativo dessas publicações após a implementação da lei 10.639/03 e a falta de uma crítica literária consolidada em torno das obras, sobretudo no tocante às ilustrações. No entanto, também conta com experiências vividas pela pesquisadora no espaço escolar e observações feitas a partir do contato de seus alunos com os livros. Compreendendo que as imagens chegam mais rapidamente às crianças, principalmente aquelas ainda não alfabetizadas, levanta-se a hipótese de que o livro com ilustração assume o caráter de livro ilustrado, pois a criança que ainda não domina a leitura das palavras vai ler e compreender a narrativa através do texto visual. Sob este aspecto conclui-se que as imagens antirracistas promovem uma interação positiva capaz de desenvolver na criança negra uma identificação afetuosa, a qual dá-se o nome de Representatividade. Durante a pesquisa, discutiremos ainda o racismo presente na escola e nas representações literárias; o embranquecimento das personagens como vertente do racismo e, finalmente, apresentaremos exemplos de livros que trazem em suas ilustrações imagens positivas e realmente representativas para nossas crianças. Para fundamentar nossas discussões teóricas utilizamos os conhecimentos partilhados por autoras(es) como Nilma Lino Gomes (racismo e educação), Kabengele Munanga (racismo e mestiçagem), Eliane Cavalleiro (racismo e escola), Maria Anória de Jesus Oliveira (literatura infantil e juvenil), Eliane Debus (literatura infantil e juvenil), Lia Schucman (branquitude), Alessandra Devulsky (colorismo), entre outros. Sobre as imagens e ilustrações utilizamos prioritariamente os estudos de Joly Martine, Lúcia Santaella, Graça Ramos, Sophie Van der Linden, Nikolajeva e Scott. |