Um estudo psicanalítico sobre a lógica da sexuação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fiorenza, Marina Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14660
Resumo: A presente pesquisa sobre a lógica da sexuação buscou investigar, utilizando-se principalmente do acervo teórico de Freud e Lacan, como a conceitualização da não existência da relação sexual está presente desde os primórdios da psicanálise, mesmo que o aforisma não há relação sexual tenha sido elaborado por Lacan apenas num tempo mais avançado de seu ensino. Para isso, dirigimo-nos a textos iniciais de Freud, tanto os pré-psicanalíticos, como aqueles que tratam do complexo de Édipo, visto que a tragédia edipiana é o primeiro modo de o sujeito se colocar no sexo, masculino ou feminino. Foi realizado um percurso que partiu dessa tragédia, chegando ao mito de Totem e tabu (FREUD, 1913[1912]/1996), visto ser pelo assassinato simbólico do pai que um homem pode aceder à virilidade, sendo também este ato o que cria o advento do não-todo para as mulheres, visto que, a partir dele, uma mulher será sempre interditada na cultura, no caso a mãe. Há, portanto, um passo para além do complexo de Édipo que meninos e meninas precisam efetivar para que possam tornar-se homens ou mulheres, o qual foi abordado no decorrer da dissertação. Lacan utilizou o termo sexuação e não sexualidade, como fizera Freud. Este termo comporta, mais do que limitar-se às saídas propostas para o complexo de Édipo, uma ação do sujeito em relação ao falo, o significante do sexo, no sentido de colocar-se de modo todo ou não-todo submetido à lógica fálica. Caso o sujeito se coloque de modo todo haverá um homem e caso se coloque de modo não-todo será uma mulher, sendo isso o que define em que lado este se localizará na tábua da sexuação, e não a anatomia. Verificada a não existência da relação sexual através de todo percurso lógico efetuado durante seus seminários, Lacan adentra o campo do amor, tomando-o como aquilo que faz suplência à falta de complementaridade entre os sexos. O amor visa o um, e homens e mulheres se colocam em relação a ele de modos próprios, o que também abordamos no trabalho