Os enlaces entre feminino, amor e clínica psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Ivy França
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16566
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre o conceito de erotomania estruturalmente a forma de amar feminino. De início a erotomania foi entendida pela psiquiatria clássica como um fenômeno da psicose, premissa da qual partimos para buscarmos pontos de aproximação e de ruptura com as teorias de Freud e de Lacan. Para embasá-los, apresentamos os casos de “Schreber” e de “Aimée”, que dão indícios da erotomania mortificante. Após esse percurso, retiramos a erotomania do campo da psicose e fomos levados à especificidade da relação da menina com a mãe – nos valendo do complexo de Édipo e do complexo de castração –, sublinhando a ambivalência que emerge em torno do falo. Não ter, vir a ter, se descobrir faltosa são questões fundamentalmente femininas que nos direcionam para o singular no amor feminino. A falta se apresenta como uma marca do feminino, pois é a partir do engodo que envolve a função fálica que se estrutura a forma feminina de amar: uma forma narcísica onde a necessidade de amor é maior que a de amar. Após esse percurso concluímos que na neurose o amor também se apresenta de forma erotomaníaca, porém, a função fálica impõe certos limites. Ou seja, não se trata apenas da menina se rebelar contra a mãe por não ter o falo, é necessário que ela queira ser amada pelo pai e fantasie que de fato o é. Esta necessidade de ser amada fundamenta o ser feminino.