Angústia das sensações em desassossego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Julia Neiva Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18407
Resumo: A capacidade de espantar-se com o que poderia encontrar ao seu redor e até mesmo o que já vira inúmeras vezes antes tornou a obra deixada por Fernando Pessoa um caleidoscópio de sensações que fazem multiplicar existências. Tudo o que se passava ao redor e em seu interior poderia ser objeto para seu “laboratório de linguagem”, expressão cunhada por José Gilem Fernando Pessoa ou A Metafísica das Sensações (GIL, 1987, p. 9).O processo criador de Pessoa e a profundidade contida em seus heterônimos descortinam o encantamento proveniente do encontro com o caminho, com os processos e com os movimentos, pois o destino é secundário. Na obra de Pessoa e de seus heterônimos, é perceptível a confluência dos caminhos literários e filosóficos no processo de criação pessoano.Partindo do pressuposto de que a sensação é intensificada pela consciência, a presente pesquisa irá utilizar a fortuna crítica de Pessoa para fundamentar a literatura como propulsora dessa estética, principalmente a partir dos textos de José Gil, além de encontrar pontos relevantes na obra de Heidegger, considerando a questão da ontologia, do tédio e da angústia na poesia pessoana, principalmente na obra poética de Álvaro de Campos e no Livro do Desassossego de Bernardo Soares. O aporte teórico contará com os mais relevantes pesquisadores e com a fortuna crítica de Pessoa, como Leyla Perrone-Moisés, Jorge de Sena, Leda Miranda Huhne, Georg Rudolf Lind, Jerónimo Pizarro e Richard Zenith, a fim de investigar a temática da ontologia e como ela será imprescindível para descortinar o processo de elaboração da expressão poética a partir da construção da emoção metafísica.