Origem e proveniência da seqüência siliciclástica inferior da Bacia do Jatobá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Regadas de Carvalho, Rizelda
Orientador(a): Henrique de Miranda Lopes Neumann, Virginio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6285
Resumo: Os estudos desenvolvidos nesta dissertação foram direcionados para os sedimentos basais da Bacia do Jatobá, com objetivo de identificar a origem e a proveniência da Formação Tacaratu. Neste trabalho procurou-se buscar critérios e métodos utilizados para identificação de estruturas e contatos litológicos, através dos resultados de fotointerpretação da área. São apresentados os resultados obtidos através do estudo de campo, estudo Petrográfico de detalhe e Difratometria de Raios-X. Analisando-se sua litologia, estruturas sedimentares, textura e diagênese, pode-se concluir que existem duas fácies sedimentares principais, denominadas de A e B e sete litofácies. A granulometria varia de média a grossa com níveis conglomeráticos. A análise composicional quantitativa de 20 amostras de arenitos revelou uma homogeneidade e regularidade composicional. 50% das rochas classificam-se como Quartzo Arenito, seguido de Arenito Sublítico (40%), e por fim Subarcósio (10%). O quartzo é dominantemente monocristalino, do tipo plutônico, com extinção reta (imediata). Entre os clásticos mais grossos ocorre quartzo policristalino de origem ígnea e metamórfica. A proveniência desses arenitos indica serem representativos de um Cráton Estável, com evento tectônico na borda da bacia. A história diagenética desses arenitos foi desenvolvida nos regimes eodiagenético, mesodiagenético e telodiagenético. O regime eodiagenético foi marcado inicialmente pela presença do cimento de óxido de ferro. Esse cimento pode ter sido originado quando o sedimento recém-depositado estava em contato com o meio ambiente. O segundo estágio foi marcado pela compactação mecânica, resultando na presença constante de micas encurvadas e rotacionadas. No final da eodiagênese e início da mesodiagênese, o soterramento e a compactação química tornaram-se mais efetivos, desencadeados por contatos côncavo-convexos e suturados dos grãos, com empacotamento fechado, e interpenetração dos grãos. O início da mesodiagênese foi representado por crescimento secundário de quartzo (escassos) e cimentação silicosa. O ambiente telodiagenético (ou intempérico) atuou intensamente sobre esses depósitos, modificando suas características. Os minerais instáveis sofreram maior alteração sob condições do clima atual, quente e úmido. Os grãos de feldspatos foram os mais afetados nesse processo, produzindo feldspatos sericitizados ou caulinizados