Conde de Nassau, o engenheiro de tramoyas: a cultura do Barroco e a teatrocracia nassoviana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barbosa, André Ricardo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13189
Resumo: Este trabalho dissertativo busca analisar a cultura política empreendida pelo Conde João Maurício de Nassau na função de governador-geral do território da Nova Holanda (1637 1644). A escolha de tal objeto de estudo vai ao encontro do fato de Nassau ser não só o único elemento da administração batava da Companhia das Índias Ocidentais lembrado até hoje em Pernambuco, tendo sua memória preservada, como também pela razão dos feitos dos sete anos de seu governo serem cultuados. Para compreender e averiguar melhor esta preservação imaterial de um elemento exógeno e díspar em um país de colonização portuguesa, o presente trabalho procura estabelecer um diálogo de aproximações entre as práticas e os valores da cultura política nassoviana com os moldes novos de gestão política da conjuntura do Barroco. Dentre essas aproximações, as que mais chamam a atenção se dão em relação ao ocorrido na convocação da assembleia geral em 1640 e do episódio conhecido popularmente pelo nome de boi voador, ocorrido no ano de 1644. Para possibilitar o cumprimento dos objetivos desta dissertação, algumas fontes do período de colonização batava no território do Brasil foram mobilizadas, com destaque para o Testamento Político do Conde de Nassau, um importante documento escrito pelo próprio Conde, abordando sua administração e o território governado. Nas considerações finais, após a corroboração da hipótese e dos objetivos de onde partiu tal trabalho dissertativo, Nassau é apresentado, então, como uma espécie de engenheiro de tramoyas arcabouço conceitual próprio da época barroca , sendo sua gestão um exemplar de teatrocracia, conceito trabalhado pelo sociólogo francês Georges Balandier.