A representação do casamento em As três irmãs (1862) e Estrelas propícias (1863), de Camilo Castelo Branco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sales, Bruna de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17752
Resumo: Falar sobre o casamento na sociedade ocidental implica associá-lo ao fato de que essa instituição sempre foi vista como forma de obter vantagens entre as famílias dos futuros cônjuges, sendo a mulher utilizada como moeda de troca. Nessa relação, elas assumiam uma posição de total submissão ao marido. Após acontecimentos marcantes para a história mundial, como a Revolução Francesa, e para a história nacional, como a Revolução Liberal do Porto, Portugal teve de lidar com novos cenários em diferentes aspectos, dentre eles o social, no qual os papéis sociais foram repensados e, com isso, os revolucionários denominaram a família como a base dessa nova sociedade que começa a se erguer no final do século XVIII. Com isso, os homens passaram a dominar não somente a esfera privada como também a pública, enquanto as mulheres ficaram cerceadas a cuidarem da casa e dos filhos, mas é pertinente ressaltar que nem todas aceitaram passivamente tal posição. Após tantas mudanças sociais, alguns casamentos passaram a ser celebrados por amor, surgindo, portanto, muitos conflitos familiares a respeito dessa questão, e a literatura, através de autores como o português Camilo Castelo Branco, representou esses acontecimentos em muitos romances, entre eles As Três Irmãs (1862) e Estrelas Propícias (1863), obras pouco revisitadas pela crítica camiliana. É a partir desse contexto de total dominação masculina que o presente trabalho intenta estudar minuciosamente a representação do casamento a partir das obras supramencionadas através das questões de gênero e socioeconômicas, buscando entender como esses tópicos aparecem nos textos camilianos, além de traçar um paralelo com o cenário de oitocentos