Insanas ou insubmissas? O estigma da loucura em personagens femininas de Camilo Castelo Branco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Nayara Helenn Carvalho dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6287
Resumo: Este trabalho busca estabelecer uma análise das personagens femininas dos romances A Sereia (1865), A doida do Candal (1867), A bruxa do Monte Córdova (1867) e A brasileira de Prazins (1882), de Camilo Castelo Branco. Trata-se de uma análise dos motivos e das condições que levaram algumas personagens camilianas a serem consideradas loucas, com base em levantamentos históricos de autores que estudaram a sociedade do século XIX e suas transformações momento de concepção e tempo em que se passam as novelas. A partir da observação da trajetória dessas personagens, espera-se entender o que as levou a um destino triste ao final da narrativa. Levando em consideração o fato de que algumas das personagens desse autor são subversivas, questiona-se se elas, realmente, se tornam insanas, ou são, na verdade, insubmissas ao sistema conservador da época. Baseados em estudos sobre as criações camilianas, discute-se a razão de umas personagens alcançarem lugar de destaque na história enquanto outras assumem papel de coadjuvantes. Com a abordagem que contempla a loucura, levando em consideração como isso se relaciona com a situação feminina do século XIX, pretende-se contribuir para novos olhares e novas perspectivas direcionados à realidade dessas mulheres no oitocentos e como Camilo aborda essa questão em sua produção romanesca.