O efeito da febre na mineralização do esmalte dentário: um modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Americano, Gabriela Caldeira Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20132
Resumo: A etiologia da Hipomineralização Molar-Incisivo ainda é desconhecida, mas tem sido associada com febre na infância. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da febre na mineralização do esmalte de incisivos inferiores de camundongos da linhagem C57Bl/6. Os animais foram divididos em dois grupos: 6 no experimental e 6 no controle. Uma dose de 12 ml/ Kg de 15 % p/v de levedura de cerveja e 12 ml/ Kg de salina foi injetada subcutaneamente em cada camundongo do grupo experimental e controle, respectivamente, duas vezes por dia, durante três dias consecutivos. A temperatura corporal foi medida, usando um termômetro digital, imediatamente antes das injeções e 3, 6 e 10 horas depois das injeções. Considerando a taxa de erupção do dente de 0,18 ± 0.05 mm por dia, os animais foram sacrificados 15 dias após a primeira injeção. A análise elementar do esmalte foi feita usando microfluorescência de raio x (μXRF). O mapeamento da superfície do esmalte analisou a distribuição espacial de Ca, P, Fe e Sr. A quantificação de minerais (Ca, P, Sr, Fe, Zn e Ca:P) foi feita em dois pontos posicionados no esmalte completamente formado e dois pontos posicionados no esmalte em maturação. O teste de Mann Whitney foi usado para comparar a temperatura corporal antes e depois das injeções e para comparar a quantidade mineral entre os grupos experimental e controle. A temperatura média corporal dos grupos experimental e controle antes da primeira injeção foi 35,9 ± 0,1 ºC and 35,9 ± 0,2 ºC, respectivamente. A temperatura média corporal dos grupos experimental e controle depois da primeira injeção foram 37,4 ± 0,3 ºC and 36,3 ± 0,2 ºC, respectivamente. No grupo experimental, o Fe estava concentrado no terço incisal, enquanto no grupo controle estava distribuído ao longo dos terços incisal e médio da superfície do esmalte. Nenhuma diferença significativa foi observada nas quantidades de Ca, Fe, Zn e relação Ca:P entre os grupos. O grupo experimental apresentou uma maior concentração de P no esmalte em maturação (p = 0,02) e uma menor concentração de Sr no esmalte completamente formado (p = 0,01) e no esmalte em maturação (p = 0.006). Portanto, este estudo sugere que a febre pode alterar o movimento de íons através das junções dos ameloblastos, modificando a mineralização do esmalte de incisivos inferiores de camundongos da linhagem C57Bl/ 6.