Avaliação de fatores preditores, do perfil microbiológico salivar e da ocorrência de fratura pós-eruptiva do esmalte em pacientes com hipomineralização de molares e incisivos
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14212 |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho foi realizar avaliações de etiologia, perfil microbiológico e longitudinal, visando observar fatores relacionados à ocorrência de hipomineralização de molares e incisivos (HMI), o risco de cárie e a evolução clínica dos defeitos de esmalte. No estudo 1(caso-controle) se investigou-se a presença de hipomineralização de molares decíduos (HMD) pode ser utilizada como um preditor clínico de HMI em 162 pacientes (65 casos e 97 controles) com idade entre 5-12 anos, como também a associação entre HMI e fatores como baixo peso ao nascer e uso de antibióticos durante o primeiro ano de vida. Como resultado, a presença de HMD desempenha um importante papel como preditor, aumentando em 2,77 vezes a chance de ocorrência de HMI (IC 95%: 1,20 6,39). Embora HMI seja mais frequente em crianças com baixo peso ao nascimento (p: 0,036), este fator pode não aumentar as chances de ocorrência de HMI significantemente (OR: 2,82; IC 95%: 1,00 7,66). O uso de antibióticos durante o primeiro ano de vida aumentou em 2,97 a chance de desenvolver HMI (OR: 2,97; IC 95%: 1,43 6,16). Já no estudo 2 avaliou-se o risco de cárie em 20 pacientes com HMI severa (7-13 anos), observando a correlação da contagem de Streptococcus mutans (SM) e de Lactobacillus spp., do fluxo salivar e da experiência de cárie na dentição decídua com o índice CPO. O grupo apresentou CPO-D e CPO-S médiosde 2,8 (DP: 1,1) e7,3 (DP: 4,7), respectivamente. Cada dente cariado apresentava, em média, 2,5 (DP: 1,1) superfícies afetadas. Em relação ao componente cariado cárie ativa do CPO, observou-se uma média de 1,9 (DP: 2,0). Todos os pacientes apresentaram boa capacidade tampão da saliva, e não houve diferença estatisticamente significante no CPO-D ou no CPO-S médios em relação às variáveis analisadas. No estudo 3 foi realizada uma avaliação longitudinal da evolução da HMI em 58 crianças com média de idade de 8,8 anos, observando a coloração, localização e incidência de força sobre cada superfície dentária, de modo a estimar o risco de fratura pós-eruptiva. Considerando a fratura em dentina (FD) como desfecho, 14% das opacidades branco-creme (OP-BC), 26,9% das opacidades amarelo-marrons (OP-AM) e 46,9% das fraturas em esmalte (FE) evoluíram. A progressão foi significativamente mais frequente dentre as OP-AM em comparação com as OP-BC, sendo altamente significativa quando se considerou fratura a partir da FE (p<0,0003). Já a progressão para FE não foi estatisticamente diferente entre superfícies expostas ou não expostas ao atrito mastigatório tanto para as OP-BC (p=0,15), como para as OP-AM (p=0,51). O mesmo ocorreu quando se considerou a progressão para FD dentre as OP-BC (p=0,36), OP-AM (p=0,82) ou FE (p=0,27). A chance de ocorrência de fratura das opacidades demarcadas foi 3,55 (IC 95%: 1,75 7,20) e 2,27 (IC 95%: 1,06 4,86) vezes mais alta quando a opacidade era amarela-marrom, considerando FE e FD, respectivamente. Com base nos resultados, HMI ainda representa um desafio na clínica odontológica e o conhecimento dos fatores apresentados podem auxiliar no estabelecimento de tratamentos adequados com bons prognósticos. |