PROLECA: Programa de Leitura e Comunicação para crianças com Autismo
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10778 |
Resumo: | Há décadas que o autismo tem sido tema recorrente na literatura científica. Estudiosos de diversas áreas do conhecimento, sobretudo da saúde e educação, têm realizado pesquisas empíricas a fim de averiguar como as melhores práticas clínicas e/ ou educacionais podem amenizar as peculiaridades do transtorno. Apresentar dificuldades acerca da compreensão leitora, atenção compartilhada, nomeação de personagens, dentre outros comportamentos também tem sido um grande desafio para os familiares e profissionais que atuam com crianças com autismo. A literatura científica tem apontado o Reading to Engage Children with Autism in Language and Learning RECALL como uma prática de ensino baseada em estratégias com evidências empíricas capaz de favorecer a comunicação, leitura e vocabulário de crianças com autismo. O RECALL é um programa interventivo baseado na técnica da leitura dialógica, cujas estratégias permitem que o adulto faça perguntas evocativas para a criança, incentivando-a a participar e dialogar com o adulto durante o momento da contação da história. O presente estudo propõe averiguar os efeitos da aplicação do Programa de Leitura e Comunicação para Crianças com Autismo - PROLECA, que consiste em um conjunto de técnicas oriundas da Leitura Dialógica, do RECALL e práticas de contação de histórias pela pesquisadora na compreensão leitora e nas habilidades comunicativas de uma criança com autismo com dificuldade na fala. Participou do estudo uma criança com autismo com ausência de fala funcional e dificuldades articulatórias severas de cinco anos de idade e a pesquisadora. Uma pesquisa experimental intrassujeito com delineamento de retirada do tipo A-B-A-B foi realizada, tendo como variável independente o uso do PROLECA, e como variável dependente as respostas da criança sobre as compreensões leitoras e funções comunicativas. Os resultados apontaram que a criança após o procedimento de intervenção ampliou o tempo na tarefa, como também concebeu atenção direcionada de forma ascendente com a pesquisadora. Houve aumento de respostas espontâneas corretas referentes às perguntas dos livros, ainda que de forma muito peculiar. As respostas da criança eram concebidas através de respostas mistas (vocalização + gestual). O uso das hierarquias do PEEP, sobretudo durante as intervenções, demonstrou que a criança foi mais responsiva quando lhe foi ofertada as ajudas visuais por meio de cartões de imagens. Os achados também demonstraram que houve aumento de vocabulário expressivo por meio de emissão de vocábulos simples e nomeação de imagens. E houve 100 % de fidelidade na aplicação da variável independente. Diante do exposto, conclui-se que mais investigações interventivas acerca da compreensão leitora em crianças com autismo devem ser realizadas, como também a verificação dos efeitos de estratégias de leitura baseada em evidências empíricas |