Leitura dialógica: efeitos de um programa de leitura oral em crianças com e sem autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Stefhanny Nascimento Lobo e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18833
Resumo: Ao longo dos anos cresce substancialmente o número de pesquisas científicas acerca do transtorno do espectro autista – TEA. Além dos déficits relacionados às capacidades de comunicação e interação social e aos padrões restritivos e repetitivos de interesse, estudos apontam que de 5% a 10% dos indivíduos com autismo podem manifestar habilidades necessárias para decodificar as palavras. Entendendo que essa população pode apresentar prejuízos no que tange à compreensão leitora, o presente estudo investigou os efeitos da aplicação, pelos pais de crianças com e sem autismo, do Programa de Leitura e Comunicação para Crianças com Autismo (Proleca), que consiste em um conjunto de estratégias de leitura oral adaptadas das técnicas da leitura dialógica, do reading to engage children with autism in language and learning – Recall, de práticas de contação de histórias e do ato de recontar histórias, voltadas tanto para crianças típicas como para aquelas com TEA, em seus respectivos ambientes familiares. Participaram deste trabalho seis crianças oralizadas, com idades entre 3 a 6 anos, sendo que três delas apresentavam diagnóstico de autismo; e, por conseguinte, um(a) responsável por cada uma delas, totalizando 12 pessoas. Foi empregada o delineamento de pesquisa intrassujeito do tipo quase-experimental como linha de base e intervenção. Os resultados mostraram que, após a capacitação, os pais passaram a contar histórias de forma mais prazerosa, usando estratégias lúdicas, bem como apresentando domínio do conteúdo, com apoio do Proleca. As crianças não só conseguiram permanecer mais tempo concentradas nas suas tarefas, como também passaram a estabelecer comportamentos de atenção direcionada. Em adição, elas foram significativamente responsivas quanto à realização das perguntas estratégicas pelos responsáveis. Além disso, as crianças passaram a recontar as histórias, depois das sessões de leitura. Concluiu-se, com isso, que mais estudos empíricos sobre estratégias de leitura devam ser realizados em crianças com desenvolvimento típico e com TEA em contextos regulares de ensino, contribuindo assim para os avanços científicos da temática.