Aplicação do Proleca junto a um aluno com TEA no contexto escolar: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Glaydsane Peres Carrilho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21565
Resumo: O desenvolvimento da leitura é considerado uma habilidade fundamental no ambiente escolar. A aquisição do ato de ler permite a construção de aprendizagens que envolvem habilidades funcionais, sociais e acadêmicas. Embora muitos estudantes com desenvolvimento típico adquiram essas habilidades com certa facilidade, crianças com Transtorno do Espectro Autista-TEA, frequentemente demonstram dificuldades na aprendizagem da compreensão da leitura oral. A literatura científica tem apontado que a prática de contação de histórias atreladas às técnicas da leitura dialógica e da leitura compartilhada tem promovido resultados positivos nesta população, principalmente no uso da atenção compartilhada, no engajamento da tarefa e tomadas de inferência. Com base nisso, o presente estudo tem como objetivo investigar os efeitos do Programa de Leitura e Comunicação para Crianças com Autismo - Proleca na intervenção de um estudante com autismo, no ambiente escolar. O Programa consiste no conjunto de estratégias do Reading to Engage Children with Autism in Language and Learning - Recall atreladas às práticas de contação de história e o reconto. Participaram do estudo uma criança com autismo, com 10 anos de idade, cursando o 5º ano do Ensino Fundamental I, e a pesquisadora. Além disso, os docentes do núcleo comum e do atendimento educacional especializado, bem como a família do estudante, participaram contribuindo com informações acerca da competência leitora da criança. Foi empregado um delineamento quase-experimental intrassujeito, do tipo A-B-A. Os resultados apontam que com a intervenção do Proleca a criança diminuiu o seu tempo fora da tarefa, além de interagir mais durante a contação de histórias. Igualmente, também houve o aumento de respostas espontâneas corretas referente às perguntas desenvolvidas para cada livro lido seguindo a proposta de roteiro do programa. Os achados também apontam ganho no vocabulário receptivo e expressivo. Por fim, a criança passou a recontar histórias após as sessões de leitura, incluindo a contação na sala de aula para os colegas e professores. Diante do exposto, sugere-se mais investigações envolvendo o Proleca, em contextos regulares de ensino e com mais participantes, sendo aplicados por docentes, a fim de que haja um uso expressivo das estratégias interventivas no interior das salas de aula, de forma que possam atender a todos os alunos.