Autorretratos de fotógrafas brasileiras contemporâneas e atravessamentos feministas
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20080 |
Resumo: | A presente pesquisa aborda o fenômeno dos autorretratos produzidos por mulheres fotógrafas contemporâneas brasileiras que discutem temáticas de violência contra a mulher. O objetivo é analisar esses autorretratos relacionando-os com as pautas feministas, uma vez que a principal característica dessas produções é discutir direitos e questões caras às mulheres, particularmente as violências às quais todas são suscetíveis até hoje no Brasil. Para tanto, elaborou-se um breve panorama histórico dos três temas centrais da pesquisa (autorretrato, fotógrafas brasileiras e feminismo) para melhor compreender como esse fenômeno ganha força no cenário da fotografia como questão política, sobretudo a partir do século XXI, embora já se faça presente desde o século XIX. Desta forma, a pesquisa percorre a história do autorretrato na pintura e, posteriormente, da fotografia, buscando observar 1) as formas de inserção e também a invisibilidade das mulheres no cenário das fotografias europeia, estado-unidense e brasileira; 2) os artivismos feministas do século XX que buscaram denunciar e reverter lógicas de opressão e de violência contra as mulheres; e 3) as formas como algumas das atuais agendas do feminismo se relacionam com autorretratos produzidos por fotógrafas brasileiras contemporâneas. Metodologicamente, a pesquisa realizou estudos de caso das obras das fotógrafas Chris Bierrenbach, Fernanda Magalhães e Sunshine Castro, buscando investigar o tratamento de temas e as estratégias visuais e narrativas empregadas em seus trabalhos. A análises empíricas permitiram perceber como procedimentos recorrentes como o uso da encenação, da fabulação, da imagem associada à palavra e da apropriação de imagens e imaginários midiáticos (elementos poéticos e políticos característicos da fotografia na arte contemporânea), se agenciam com as agendas feministas sem torna-los necessariamente uma fotografia “feminista”, embora essas imagens estejam invariavelmente atravessados pelas problemáticas e pelas lutas das mulheres, deste e de outros tempos. |