Autorretrato: Fotografia: Reflexão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Katanosaka, Vitor Yugo lattes
Orientador(a): Tiburi, Marcia Angelita lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24812
Resumo: A autoimagem é prática comum na história das artes visuais, é uma busca que desde sempre foi fascinante ao ser humano. A fotografia, linguagem que não se esgota, é técnica de comunicação e expressão, espaço de imaginação e de significação em imagem materializada. A fotografia é tecnologia de mediação da própria imagem, suporte tanto do parecer quando do ser. A fotografia tem um importante papel na relação da autoimagem com o ser humano. Guardadas para sempre, fixadas em papel e armazenadas na memória, o autorretrato faz arte da vida das pessoas. A pesquisa situa-se na reflexão e produção crítica sobre o autorretrato como superfície e espaço de autocriação da subjetividade. Pensar a relação da experiência com a imagem de si é possuir a clareza de que o autorretrato é um fabricado de luz e forma, que como reflexo de nossa pose, compõe o processo de produção da autoimagem. O objetivo deste trabalho é por meio de imagens e textos, abordar o autorretrato em sua conformação múltipla e dupla, investigando os limites da concepção de ser contemporânea. Há um ensaio visual feito como reflexo e ação desta pesquisa, em que o próprio artista-pesquisador se coloca em autorretrato num processo de produção e revelação de uma obra artística. Trabalho para reconstruir o mundo; meu mundo: o mundo em fotografia. Ser fotografado, lançar luz sobre a própria realidade, olhar para a imagem, revelar descobrindo o tempo necessário para que a imagem se forme. O autorretrato em direção ao nosso próprio ser é obra com objetivo de autoconhecimento, do auto-reconhecimento de que não se pode viver somente em si, preso à imagem de um espelho, é trabalho de autorretratamento, produção de linguagem como ação do pensamento. Em meio a uma sociedade que de tanto ver, encegueceu, a fotografia como sendo aquilo que revela, é caminho de reapropriação da nossa imagem, de invenção de sentido por meio do auto-re-tratamento. Foi observado que a arte do autorretrato cumprindo uma das funções da imagem é lugar de escrita que permite ao mundo encontrar a sua interpretação, voltar para dentro de si e se elaborar. A fotografia, que deixando de ser uma máquina e se transformando num órgão bem delicado, vai em direção aos outros à medida que se revela e leva o sujeito para além dele mesmo. O autorretrato como autocriação e expressão para o ser, é linguagem com intenção a fazer ver. A autoimagem vai muito além de nosso desejo pela própria imagem. O autorretrato é expressão artística e produção de conhecimento em direção à nossa existência, espaço para sermos e nos inventarmos, agirmos e termos nossa reflexão. Produzimos imagens para vermos, precisamos ver mais.