Facetas paradoxais do consumo: mal-estar e felicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Macêdo, Marcelle Maciel da Veiga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21951
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar a circularidade do consumo e seu paradoxo: ao mesmo tempo que produz sofrimento ele próprio oferece formas de tentar remediá-lo. Iniciaremos nosso debate partindo das noções freudianas de mal-estar e felicidade e de uma discussão sobre a falta para investigarmos de que maneira ambos tentam ser tamponados pelos objetos ofertados pelo capitalismo neoliberal. O consumo será pensado a partir da formulação lacaniana daquilo que “se consome tão bem que se consuma”, salientando de que maneira esse modo de funcionamento pode ser identificado tanto no discurso capitalista quanto na posição objetalizada que o sujeito, imerso na lógica neoliberal, ocupa. Ele será discutido a partir de dois vieses: o consumo de objetos palpáveis, que possuem uma materialidade; e o da felicidade que, na contemporaneidade, transformou-se em mercadoria. Ao final, apresentaremos alguns contrapontos entre a ciência da felicidade e a Psicanálise, sustentando que enquanto a primeira se propõe a ofertar uma ilusória felicidade de forma ilimitada e ininterrupta – obtendo lucros exorbitantes e, muitas vezes, produzindo o oposto do que garante entregar ao sujeito –, a segunda se propõe a sustentar o vazio, reconhecendo que é justamente por existir a falta que há possibilidade de sermos desejantes.