Mais além dos autônomatos: discurso do capitalista e a estrutura da internet

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Kniest, Victória
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19546
Resumo: Este trabalho propõe-se a questionar sobre a estrutura da internet em uma articulação com o Discurso do Capitalista. Para isso, indaga-se sobre a contemporaneidade do texto freudiano, desde onde se pode ler uma crítica à modernidade e ao que convoca a atualidade de nosso tempo. O Deus-protético como ideal moderno sugerido por Freud (1930/2020) permite interrogar sobre os limites da proposição de um novo sujeito. Tal questão coloca em cena as tecnologias de domínio que hoje se engendram a partir dos algoritmos enquanto um domínio com um a mais. Indaga-se que vias de articulação possível pode-se estabelecer entre campos distintos ao retomar os autômatos encontrados na literatura e no cinema com o objetivo de interrogar sobre as posições ofertadas no discurso que passa pelas principais discussões freudianas: em relação ao que está mais além do princípio do prazer e que se encontra com o mal-estar resíduo do pacto social, a psicologia das massas na proposição de uma condição de fascínio e os impossíveis como parte da estrutura. O autômato também permite questionar sobre o retorno lacaniano a Freud, pelo qual o automatismo de repetição, autômaton, é o que convoca o princípio do prazer e as voltas da demanda – questão que se considera primordial no tema dos algoritmos em seu domínio neoliberal seja em relação a sua linguagem que remete o binarismo do signo ou em sua máxima que retoma o imperativo categórico ali onde Kant encontra Sade. Propõe-se também uma retomada sobre o estatuto do sujeito lacaniano para balizar a discussão do Discurso do Capitalista, que não é um quinto discurso, mas aquilo que institui um ilimitado quanto aos impossíveis e à impotência. Discute-se, sobretudo, os autômatos de nosso tempo, os algoritmos na sua relação com o neoliberalismo, ao articular uma relação específica entre o sujeito barrado e o objeto a no matema dos discursos.