Acolher, proteger e denunciar: a atuação das redes de solidariedade brasileiras aos exilados do Cone Sul durante as ditaduras de segurança nacional (1976-1988)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22043 |
Resumo: | A presente tese busca reconstituir a trajetória das redes brasileiras de acolhimento e proteção pouco conhecida pela historiografia e que se formaram em solidariedade aos exilados políticos do Cone Sul, em trânsito pelo Brasil durante as décadas de 1970 e 1980. O objeto de pesquisa é a atuação da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul- Clamor e do Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Povos da América Latina-CBS. Tais redes, com seu ativismo transnacional e promoção das denúncias das violações aos direitos humanos praticadas pelas ditaduras, contribuíram para o desgaste e o ocaso dos regimes de segurança nacional e para os processos de redemocratização no subcontinente, ao longo dos anos 80, ainda que com características gerais de tutela. Também é importante ressaltar que os expoentes dessas redes, entre outros, foram os Cardeais Dom Eugênio Sales e Dom Paulo Evaristo Arns, além do Reverendo Jaime Wright. Para resgatar a influência das redes de proteção e acolhimento, a tese relata a história de homens e mulheres que, em meio à ditadura brasileira, fizeram a escolha política pela defesa e pelo apoio aos expatriados sul-americanos. No Brasil, eles continuaram a luta antiditatorial e a busca pelas liberdades democráticas nos seus países, constituindo-se como força militante fundamental no ativismo das Redes. Assim, pelo sentimento de solidariedade, a escolha política e a trajetória dos agentes de resistência foram permeadas por renúncias e angústias, ônus pessoais e familiares, alegrias e esperanças. Porém, sobretudo, pela solidariedade. |