Clamores contra as ditaduras do Cone Sul : o grupo Clamor e a solidariedade em defesa dos perseguidos políticos e seus familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fraga, Guilherme Barboza de
Orientador(a): Padrós, Enrique Serra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211553
Resumo: O presente estudo trata do grupo Clamor, entidade de direitos humanos que surgiu no Brasil, no final dos anos 1970, em meio à crescente repressão política no Cone Sul produzida pelas Ditaduras de Segurança Nacional. Clamor surgiu em um cenário de deslocamento forçado de perseguidos políticos obrigados a abandonar sua terra natal em busca de abrigo. Incrustado na Arquidiocese de São Paulo, Clamor, desde o início de sua atuação, fez parte da constituição informal de uma rede de defesa dos direitos humanos que visava ajudar esses perseguidos políticos que, em condições muito adversas, procuravam acolhida, auxílio para abandonar a região ou reencontrar familiares e amigos. A dissertação analisa a constituição dessa entidade, suas diretrizes de atuação e a intensa interação com outros organismos regionais ou extra regionais com o intuito de atender as necessidades desses refugiados e perseguidos em situação de extrema fragilidade econômica, física, psicológica e até política. Também se examina a rede de solidariedade que se conformou verificando a atuação das entidades constitutivas na tentativa de auxiliar os perseguidos políticos, denunciar as arbitrariedades cometidas pelas ditaduras de Segurança Nacional e auxiliar na localização de desaparecidos políticos. A trajetória do grupo e sua relação com essas entidades foram estudadas a partir de fontes diversas como cartas, ofícios, boletins do grupo, recortes de jornais, atas de encontros, correspondências trocadas dentro da rede e depoimentos prestados por pessoas que integraram o Clamor de modo a perceber sua atuação conjunta com outros organismos.