O juiz cordial: a formação cultural e a abertura para a cordialidade na decisão jurídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva Junior, Gerardo Humberto Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Direito
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21488
Resumo: Sérgio Buarque de Holanda, em sua obra Raízes do Brasil, demonstra que no Brasil impera, desde tempos remotos, o tipo primitivo de família patriarcal, de forma que não era fácil aos detentores das posições públicas de responsabilidades, formados nesse ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público. O ‘homem cordial’, nas dimensões do patriarcado, patrimonialismo, autoritarismo e personalismo, se encontra impregnado na cultura brasileira, reverberando nos aspectos político, econômico, jurídico e social. A partir dessa perspectiva, demonstra-se como as decisões judiciais, em casos fáceis e difíceis, estão contaminadas pela cordialidade, sendo o vetor, o móvel axiológico na interpretação e na argumentação do direito, resultando em arbitrariedade na sua aplicação. Esse homem cordial, a par disso, é responsável pela construção do juiz cordial, o que gera grave crise de desigualdade diante do direito.