O complexo Juiz de Fora na região entre Mar de Espanha e Matias Barbosa, Minas Gerais: petrografia, litogeoquímica, geologia isotópica de Sm-Nd e geocronologia U-Pb

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Rasec Almeida dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16889
Resumo: O Complexo Juiz de Fora na região entre Mar de Espanha e Matias Barbosa, Minas Gerais é caracterizado por rochas granulíticas ortoderivadas cuja variedade composicional inclui rochas básicas a intermediárias. Tendo em vista a restrição espacial de distribuição de dados relativos a caracterização litogeoquímica e geocronológica do Complexo Juiz de Fora, o presente trabalho pretende suprir esta lacuna na região da zona da mata mineira a partir de estudo integrado de cunho petrográfico, litogeoquímico, de geologia isotópica e geogronologia U-Pb. Aspectos de campo mostram que as rochas do Complexo Juiz de Fora ocorrem como escamas tectônicas interdigitadas com os metassedimentos neoproterozoicos. Paragêneses típicas de fácies granulito foram observadas nas rochas básicas estudadas e incluem Cpx+Opx+Pl+Qtz enquanto nas rochas intermediárias a ácidas incluem Opx+Plg+Qtz±Biotita±Hrnbld. Nas zonas próximas aos contatos com os metassedimentos neoproterozoicos existe uma tendência de paragênese retrometamórfica caracterizada pela substituição do ortopiroxênio por hornblenda e\ou biotita, além de uma textura predominantemente milonítica. Com base nos estudos petrográficos foi possível caracterizar protólitos graníticos, granodioríticos e noríticos para as rochas metamorfizadas em fáceis granulito. Com base em estudos litogeoquímicos foi possível subdividir o complexo Juiz de Fora na região estudada em 4 grupos: I) rochas básicas pertencentes a série toleítica; II) rocha intermediária pertencente a série toleítica; III) rochas intermediárias e ácidas pertencentes a série cálcio-alcalina e IV) rochas intermediárias e ácidas pertencentes a série cálcio-alcalina de alto potássio. A partir do padrão dos elementos terras raras foi possível subdividir as séries químicas em subgrupos distintos, com base na razão [La/Yb]n e anomalias de európio. Diagramas geoquímicos de classificação tectônica mostram que as rochas toleíticas foram formados em fundo oceânico, rochas intermediárias pertencentes a série cálcio alcalina foram formadas em ambientes de arco magmático e ortogranulito intermediário pertencente a série toleítica foi formado em ambiente intraplaca continental. Análises geocronológicas utilizando o método LA-SF_ICPMS em U-Pb em zircão mostram idades de 1981±38 Ma para a cristalização do ortogranulito charno-enderbítico pertencente a série cálcio alcalina de médio K, idade de 2085±48 Ma para a cristalização do ortogranulito enderbítico pertencente a série cálcio alcalina de médio K e 1938 ± 19 Ma para a cristalização do ortogranulito charno-enderbítico pertencente a série cálcio alcalina de alto K. Pelo menos duas fases principais de metamorfismo foram registradas nas amostras estudadas, uma entre 620 e 604 Ma e outra entre e 585 e 570 Ma. Dados isotópicos permitiram consolidar um campo de composição isotópica para as rochas do Complexo Juiz de Fora na região entre Mar de Espanha e Matias Barbosa. Os valores negativos de ɛNd para todas as amostras estudadas indicam que elas derivam de uma fonte mais enriquecida que o reservatório condrítico.