Branquitude e racismo na educação: narrativas e memórias docentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tavares, Pâmela Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23154
Resumo: Este trabalho de pesquisa, de caráter qualitativo, narrativo e (auto)biográfico, tem como base empírica de sua investigaçãoformação experiências etnicorraciais da autora, professorapesquisadora da rede pública. Está estruturado em três capítulos. O primeiro dialoga com as memórias da construção/percepção de uma identidade etnicorracial, a partir das vivências em uma comunidade racista do sul do Brasil; o segundo aprofunda conceitos teóricos que fundamentaram o trabalho de pesquisa; o terceiro situa as experiências com as questões etnicorraciais, que instigaram a pesquisa, em três escolas municipais das redes de São Gonçalo e Niterói, no Rio de Janeiro. Os objetivos da pesquisa foram são: 1) Aprofundar reflexões sobre meu fenótipo e ancestralidade a partir de fatos silenciados e; compreender as relações sociais com uma política racista e de branqueamento que envolve a região da minha origem e as marcas em minha formação identitária, assim como no Brasil; 2) Apresentar e aprofundar conceitos que são ferramentas fundamentais para compreender questões etnicorraciais na escola; 3) Dialogar com narrativas e memórias de experiências com o racismo do/no cotidiano docente/discente na cidade de São Gonçalo e Niterói, Rio de Janeiro. Os estudos sobre branquitude tiveram como suporte teórico Cida Bento, Adevanir Pinheiro, Lia Schucman como as principais interlocutoras. Foi possível identificar na pesquisa o papel do silêncio, sobretudo dos/das educadores/as brancos/as na produção e reprodução do racismo. Os estudos sobre branquitude tiveram como suporte teórico Cida Bento, Adevanir Pinheiro, Lia Schucman como as principais interlocutoras. Foi possível identificar na pesquisa o papel do silêncio, sobretudo dos educadores/as brancos/as, na produção e reprodução do racismo. Por fim, defendo que pautar a desconstrução do racismo a partir do compromisso das pessoas brancas significa passar por um processo de racialização e problematização dos privilégios de estar neste lugar em um país que vive as diferenças e se educa para elas. A construção de educadores/as preparados para a (re)educação para equidade racial exige a reflexão coletiva de grupos como o ALMEFRE, para o fortalecimento de redutos de resistência e de luta pela desconstrução do racismo com a autocrítica dos/as educadores/as à frente deste processo, sobretudo aqueles/as que se identificam com a branquitude e seus privilégios por estarem dentro de fenótipos que garantam para as pessoas brancas brasileiras mais acesso e, portanto, mais espaço no movimento de desenvolvimento enquanto sujeito que tem acesso aos serviços públicos.